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Em visita à Capital, Ciro Gomes nega tratar sobre candidatura de Odilon de Oliveira

Publicado em 18/05/2017 20h00- Atualizado em 18/05/2017 20h00

Em visita à Capital, Ciro Gomes nega tratar sobre candidatura de Odilon de Oliveira

Ex-governador do Ceará disse que debateu com o juiz questões fronteiriças

Em visita a sede do PDT regional em Campo Grande, o possível candidato à presidência da República para as eleições de 2018, ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), declarou que o motivo da visita ao partido é a conversa que teve ontem com o juiz Odilon de Oliveira. Com a desculpa de que o diálogo seria sobre questões fronteiriças, Ciro não convenceu ao negar que o teor da visita ao juiz era sobre a possível candidatura do magistrado, ou a senador ou a governador de Mato Grosso do Sul pelo PDT. “Vim conversar com Odilon e aproveitei assuntos mais inteligentes. Não converso com ele sobre política”.

Indagado sobre os escândalos que aconteceram ontem envolvendo o nome do presidente Michel Temer, Ciro disse que será necessário se apoiar na Constituição Federal. “A tradição democrática do mundo recomenda que em hora de crise dessa proporção que olhemos para a Constituição e ela tem todas as respostas necessárias para sairmos dessa dificuldade”, garantiu.

Preocupado com o futuro político do País, Ciro Gomes disse que a situação vai se desdobrar de forma muito mais grave. “Tem muitas informações que ainda não vieram à tona”.

ELEIÇÕES DIRETAS
O ex-governador disse que para acontecer eleições diretas seria preciso alterar a Constituição. “Elegeríamos presidente e esse presidente encontraria esse mesmo Congresso que está aí? É pedir para morrer!”, avaliou.

Ciro disse também que os políticos estão dando respostas muito simpáticas. “Mas acho que nesse momento, estou falando a vocês no dia seguinte, menos de 24 horas depois do anúncio de partes das coisas. Nesse momento, o mais importante é não tomar decisão abatalhoada”.

Cogitado sobre a renúncia de Temer, Ciro acredita ser muito difícil. “Renúncia é uma atitude de dignidade que o Michel Temer não me parece ter e nunca me pareceu”.

O ex-governador do Ceará foi condenado, ontem, a pagar indenização de R$ 30 mil por ter chamado Temer de ladrão. “Disse coisas que eu penso sobre ele e Deus é tão grande! Eu não comemoro, mas não deixa de ser coincidência constrangedora para ele”.Ciro disse também que tem possibilidade de o presidente da Câmara dos Deputados assumir interinamente a presidência e convocar eleições indiretas pelo Congresso Nacional. “Aí a elite política brasileira teria que se reunir formando um grande pacto para eleger brasileiro acima de qualquer suspeita e que teria tarefa de guiar o País rumo às eleições de 2018”.

CARMEM LÚCIA
Indagado sobre a possibilidade de a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmem Lúcia assumir a presidência interinamente, o ex-governador concordou. “Essa pessoa tem a missão de pacificar o País, de garantir o ciclo final das punições de todos que estiverem eventualmente envolvidos e de garantir o mínimo de sanidade na gestão da economia. Pode ser a Carmem sim”.

Por fim, Ciro Gomes defendeu que o presidente interino, nesse momento, tem que ser alguém de absoluta isenção do Poder Executivo.

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 IZABELA JORNADA

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