Publicado em 06/07/2017 12h20
Acusados de matar policial civil vão a júri 3 anos após crime
Investigador Dirceu Rodrigues foi morto durante investigação do roubo de uma joia, no Jardim Campo Nobre, em 2014.
G1 MS
Vão a julgamento nesta quinta-feira (6) cinco acusados de matar o policial civil Dirceu Rodrigues dos Santos, no dia 28 de janeiro de 2014, em Campo Grande. O júri é composto por cinco mulheres e dois homens.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis em Mato Grosso do Sul (Sinpol-MS), Giancarlo Miranda acompanha o julgamento. “Esperamos que se faça justiça. Nosso policial trabalhando acabou sendo vítima do próprio trabalho. A forma mais adequada de se punir é havendo essa punição exemplar. Até pra mostrar que foi um agente da lei e que poderia ser outra pessoa.”
Um dos acusados pelo crime é uma travesti. Em depoimento durante o julgamento, ela disse que pensou que os policiais fossem homens com relação com jogo do bicho. “Eu permaneço dizendo que achava que eles eram bicheiros e que iam me matar de qualquer jeito”, fala.
A travesti falou ainda em juízo que momentos antes do crime uma amiga havia ligado dizendo que haveria um programa para ela com homens que atuam no jogo do bicho.
Outro acusado também foi ouvido durante o julgamento nesta manhã. Há divergências sobre quem teria atirado no investigador.
Crime
O policial foi atingido por três tiros. Dirceu e outro investigador apuravam o roubo de uma joia e foram até uma residência no Jardim Campo Nobre, onde a corrente estaria.
No local, os dois policiais foram atacados, mas somente Dirceu baleado na Rua dos Topógrafos. Os investigadores não trajavam uniformes que os identificassem como policiais, e abordaram um dos acusados, que teria confirmado possuir referido objeto e que este estava na residência de sua avó.
Ele foi atingido por um tiro quando estava do lado de fora da residência, correu, foi encontrado pelos acusados, ferido por dois tiros na cabeça e morreu no local.
Sobre o trabalho dos investigadores no caso, o presidente do Sinpol diz que foi correto. “Procedimento policial depende de cada atuação, porque quem realmente tem conhecimento é a equipe de investigação.
Ao nosso ver agiram de forma correta, a função do policial civil é a investigação”.
O mais novo dos acusados foi pronunciado por tentativa de homicídio contra o investigador que sobreviveu e o réu de 21 anos responde por homicídio qualificado por motivo torpe com recurso que dificultou a defesa da vítima e lesão corporal. O mais velho dos acusados e o de 22 anos foram pronunciados por posse irregular de arma de fogo.












