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Promotor internado após agredir e ameaçar PM é transferido para clínica

Publicado em 07/07/2017 18h21

Promotor internado após agredir e ameaçar PM em MT é transferido para clínica em MS

Fábio Camilo da Silva era lotado em Guarantã do Norte. Ele foi afastado do cargo após ameaçar PM e hóspedes em um hotel e quebrar a porta de uma emissora de TV.

G1 MS

O promotor de Justiça substituto Fábio Camilo da Silva, que foi internado após agredir e ameaçar um policial militar em Terra Nova do Norte, a 648 km de Cuiabá, foi transferido para uma clínica em Campo Grande, a pedido da família. Silva era lotado na comarca de Guarantã do Norte, a 721 km da capital, e foi afastado do cargo pelo Ministério Público Estadual (MPE), no início desta semana.

A Polícia Militar registrou boletins ocorrência contra o promotor após uma abordagem feita pela polícia em frente a um posto de combustíveis na BR-163, em Terra Nova do Norte, no último sábado (1º). No domingo (2), mais dois boletins foram registrados pela PM contra o promotor, dessa vez por ameaçar hóspedes em um hotel e quebrar a porta de uma emissora de TV em Guarantã do Norte.

Após os episódios do final de semana, o promotor foi sedado e internado no Hospital Regional de Sinop, a 503 km da capital, onde permaneceu em isolamento na ala psiquiátrica. A família dele veio para Mato Grosso e conseguiu a transferência dele para uma clínica em Mato Grosso do Sul na quinta-feira (6), segundo informações do presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP), promotor de Justiça Roberto Aparecido Turin.

“Ele foi transferido a pedido da família e está sob tratamento. A associação está acompanhando o caso e dando todo o apoio e orientação à família. Também estamos acompanhando o processo administrativo que foi aperto pela corregedoria do MPE. É um fato triste, lamentável, mas que deve ser apurado”, afirmou.

De acordo com Turin, ainda não foi dada uma definição médica para o que ocorreu, mas tudo indica que o promotor Fábio Silva tenha sofrido um surto psicótico.

“Ainda não é nada concreto, mas o que a família e as pessoas que conviveram com ele dizem é de que seria um surto psicótico. mas precisamos aguardar uma avaliação médica sobre o caso”, disse.

Em nota enviada à imprensa na ocasião dos fatos, o MPE disse lamentar a situação e que todas as providências estão sendo tomadas para apurar a conduta do promotor e que o caso trata-se de um fato isolado e que não representa a postura dos demais membros da instituição. O pedido de desculpas do MP foi reforçado pela AMPP.

“Outro promotor já foi nomeado para atuar em Guarantã do Norte e reforçamos o pedido de desculpas do MP pelo incoveniente”, disse Turin.

Promotor estava usando toga em frente a emissora de TV em Guarantã do Norte (Foto: Reprodução)

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