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Após reunião no Palácio da Alvorada, Carlos Marun se diz esperançoso

Publicado em 10/07/2017 16h45

Após reunião no Palácio da Alvorada, Carlos Marun se diz esperançoso

Ministros e líderes governistas se reuniram ontem, às 17h, para articulações

Após reunião no Palácio da Alvorada, ontem (09), entre ministros e líderes governistas, o deputado federal Carlos Marun (PMDB), apesar de considerar positivo o encontro, declarou que a oposição ao Governo está “querendo se vingar do povo”. “Como eles não receberam votos suficiente, agora querem atrapalhar a retomada do crescimento do Brasil”, disse.

Marun acredita também que o resultado da reunião de ontem foi positivo porque os votos serão suficientes para apoiarem o presidente Michel Temer. “Concluímos que temos o apoio partidário e os votos necessários para vencermos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário”, afirmou o peemedebista.

O correligionário de Michel Temer, considerado também um dos integrantes da “tropa de choque” do presidente, Marun disse que a fragilidade da denúncia e a correção das medidas tomadas na área econômica “ajudam muito nisto”. “Resta a oposição protelar a decisão para prolongar a crise. Atitude nefasta de quem é raquítico em argumentos, votos e patriotismo”.

A expectativa de Marun é de que dos 66 integrantes da CCJ, 40 votem a favor do presidente. “E em plenário, a oposição não vai conseguir os 342 votos”, disse.

Sobre as substituições, Marun disse que é natural fazer mudanças para que representantes que apoiem o Governo estejam mais representativos na CCJ.

Até agora já foram duas sessões da CCJ. Hoje (10), às 14h será a próxima reunião da comissão e até as 17h, o deputado, Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), relator da denúncia por corrupção passiva contra o presidente deve apresentar parecer.

Segundo informações do G1, o relator confirmou que o texto está pronto e disse que não recebeu pressões. “Tive um tratamento muito respeitoso de todos os meus colegas deputados e deputadas federais. Nenhum deles, em momento algum, ultrapassou o limite do razoável. E, fora isso, enfim, eu pude trabalhar tranquilamente. Estou bem tranquilo, bem consciente e me sinto preparado pra poder segunda-feira (hoje) estar presente na CCJ e desempenhar o papel para o qual eu fui designado”, afirmou Zveiter.

OUTRO LADO

Mesmo com a positividade de Marun, em matéria, G1 declarou que Temer não pode esperar muito nem do próprio partido, o PMDB. O presidente e o relator, na CCJ, onde está a denúncia contra ele, são peemedebistas independentes. Tem ainda a iminente delação de Eduardo Cunha, também do PMDB, que aponta contra Temer e seus ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral. No Planalto, a expectativa é de que esses ministros estão a um passo de sofrerem denúncias. E que o relatório na CCJ será pela admissibilidade da denúncia de corrupção passiva contra Temer.

Site G1 reforça que a projeção de votos declaradamente a favor de temer não é suficiente. Além da oposição, há muitos indecisos, todos preocupados com o desgaste político de defender Temer. Importantes líderes afirmam que tudo caminha para um inevitável afastamento do presidente. Se isso se confirmar, o sucessor automático é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do Democratas. Partido que, aliás, já é visto com desconfiança pelo Planalto. Nesse clima, Maia tenta se preservar. Tomou distância da CCJ.

MUDANÇAS

As vésperas do colegiado começar a analisar as denúncias da Procuradoria Geral da República (PGR), o líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi, fez alteração na composição de parlamentares.

O vice-líder da bancada do PMDB, Carlos Marun (MS), será alçado ao posto de titular no lugar de José Fogaça (PMDB-RS). Marun entrou na “dança das cadeiras” quando foi colocado na suplência no lugar de Valtenir Pereira (MT), que trocou o PMDB pelo PSB.

O PTB também pretende tirar Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), notório opositor do governo, da titularidade da comissão. Faria de Sá vai para suplência no lugar de Giovani Cherini (PR-RS) e para a vaga de titular do PTB será designado Nelson Marquezelli (PTB-SP). Na bancada do PSD, Evandro Roman (PSD-PR) substituirá Expedito Netto (PSD-RO) como titular.

Segundo informações do Estadão, o esforço dos partidos da base aliada é garantir que governistas tenham prioridade de voto na apreciação do relatório do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ). Como a perspectiva é de que o parecer será pela admissibilidade da denúncia, os governistas atuam para reverter o cenário ruim e avisam que podem fazer mais substituições.

Só o Solidariedade fez quatro trocas nos últimos dias. Primeiro saiu Major Olímpio (SD-SP), que votaria contra o governo, e entrou o líder da bancada, Áureo (SD-RJ), na vaga do titular. Olímpio foi para a suplência. Na sequência, Áureo deixou a vaga de titular e indicou Laércio Oliveira (SD-SE), reconhecido governista, para votar como titular. Em uma vaga de suplente cedida pelo PROS, o Solidariedade formalizou a indicação de Wladimir Costa (SD-PA). Costa ficou conhecido na Casa por ser defensor do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética, mas, no dia da votação da cassação no colegiado, mudou de posição diante da pressão da opinião pública.

Correio do Estado

Deputado federal, Carlos Marun (PMDB), integrante da CCJ - Foto: Câmara dos Deputados

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