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Mãe e irmã de garoto que vendia drogas sintéticas em festas são condenada

Publicado em 14/07/2017 12h54

Mãe e irmã de garoto que vendia drogas sintéticas em festas são condenadas

Segundo a acusação, elas sabiam e aprovavam o tráfico realizado pelo adolescente. Elas foram condenadas à prisão em regime semiaberto.

Da redação

Presas desde janeiro deste ano, a mãe e a irmã de um adolescente de 17 anos que vendia drogas sintéticas em festas de Campo Grande, foram condenadas. A técnica de informática de 42 anos pegou 5 anos e 10 meses de prisão em regime semiaberto e a filha dela, de 23 anos, 4 anos e 7 meses, também no semiaberto.

Conforme a sentança da juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal, a mãe alegou à Justiça que não sabia que o filho vendia as drogas, que é usuária de maconha e ainda que o garoto não deixava que entrassem no quarto dele.

Já a jovem contou à Justiça que sabia que o irmão vendia os entorpecentes desde outubro de 2016 e que havia furtado dele micropontos de LSD e maconha para consumo próprio.

O adolescente falou em depoimentos que a mãe era usuária de maconha, que ela não sabia da venda de drogas e que a irmã havia furtado entorpecente dele. O processo contra o garoto tramita em segredo de justiça por ser menor deidade.

Policiais que participaram da prisão falaram em juízo que o cheiro de maconha no apartamento era forte, o quarto do adolescente ficava aberto e as drogas sintéticas em acesso fácil.

Investigação

A polícia chegou até a família após denúncia anônima. O adolescente foi apreendido no estacionamento de um shopping com 100 comprimidos de ecstasy e 100 de micropontos de LSD. De lá, policiais da Delegacia
Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) foram até o apartamento onde ele morava com a mãe e a irmã e encontraram mais drogas sintéticas.

Foram apreendidos 10 micropontos de LSD na bolsa da jovem e no quarto do adolescente 1.212 micropontos de LSD, 569 comprimidos de ecstasy, um frasco de ecstasy na forma líquida e 6 porções de MDMA, que é uma substância alucinógena. Também foram apreendidos porções de maconha e de haxixe.

Venda

O jovem disse à polícia que droga vinha dos estados de São Paulo e Paraná e que chegavam à residência via Correios. O delegado explicou que grande volume de embalagens, o sistema dos Correios não consegue barrar esse tipo de correspondência. A maconha era comprada em Campo Grande.

O adolescente contou que vendia o LDS entre R$ 20 e R$ 30 e o ecstasy por R$ 60 em festas. Conforme as investigações, ele arrecadava entre R$ 5 mil e R$ 6 mil por festa rave e o dinheiro era usado para sustentar a casa e a família.

Na época da prisão o delegado responsável pelo caso, João Paulo Sartori, afirmou também que a mãe apoiava a atitude do filho com o tráfico de drogas por causa do sustento que ele proporcionava.

Drogas apreendidas com a família (Foto: Nathália Rabelo)

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