Publicado em 17/07/2017 19h23
Insatisfeitos com reajuste, servidores do Regional marcam reunião e podem iniciar greve
O Fórum dos Servidores representam mais de 1.700 profissionais no hospital
Correio do Estado
O reajuste salarial, de 2,94% anunciado no começo de julho pelo Governo do Estado, para 75 mil servidores ativos e inativos, não agradou a categoria e eles continuam requerendo aumento na folha. Na próxima quarta-feira (19), ao meio dia, o presidente do Fórum dos Servidores, Ricardo Bueno disse que farão reunião no Hospital Regional. “Vamos ouvi-los e quem sabe faremos uma greve”, ameaçou.
O fórum representa mais de 1.700 mil servidores no hospital e todas as categorias, inclusive alguns médicos, participarão da reunião. “Embora os médicos sejam poucos porque eles têm seu próprio sindicato, tem alguns que vão participar, pois nós podemos representá-los também”, disse Ricardo.
Segundo informações do fórum, o Governo tem apontado dificuldades para conceder reajustes para diferentes categorias dos servidores estaduais. Porém o líder do Executivo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB) já declarou, anteriormente, que não adianta fazer compromisso que o Estado não vai conseguir cumprir. “O MS é um dos poucos que conseguiu pagar a folha. A crise é no País todo. Estamos tentando fazer o possível para manter as contas em dia”, explicou o tucano.
O Governo alega ainda que muitos fornecedores não foram pagos devido ao reajuste já cedido aos servidores. “Eles falam isso, mas como nós vamos ter certeza? Não temos acesso a esses fornecedores para saber se é verdade”, refutou Ricardo.
PROTESTOS
Após assembleia realizada no dia 15 de julho, entre Governo e servidores, manifestantes do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol), levantaram acampamento que durava 40 dias, porém já declararam ser apenas voto de confiança e se não tiver avanço nas tratativas vão retomar ações.
“Levantamos temporariamente, caso contrário temos estratégias que não vamos anunciar para não serem frustradas”, afirmou assessoria do sindicato.
As negociações continuam e ainda nessa semana policiais vão se reunir novamente para deliberação das propostas ofertadas pelo Governo que consiste em correção salarial determinada na lei 4.890, encaminhar o projeto de lei que altera a promoção funcional em 90 dias e retirada do reajuste linear.
A categoria decidiu que continuará a negociação reivindicando projeto de lei que altera promoção seja encaminhado à Assembleia Legislativa em 30 dias e para que a categoria receba o reajuste linear.
Segundo o presidente do Sinpol, Giancarlo Miranda, não faz sentindo excluir os policiais civis de um reajuste que será para todos os servidores estaduais. “Novamente, vamos ter boa vontade com o Governo do Estado e retiraremos nosso acampamento temporariamente, caso não haja avanços poderemos retornar com o acampamento e com outros protestos. A luta pela valorização do policial civil ainda não acabou”, declarou.
