Circula nas redes sociais imagens de câmeras de segurança da base da Guarda Municipal do Bairro Paulo Coelho Machado, em Campo Grande, que registraram o momento de desespero de um pai que procurou na tarde de ontem (27) socorro para sua filha de apenas 1 ano e 8 meses que estava engasgada.
De acordo com a corporação, a criança chegou com as vias aéreas obstruídas, sendo necessário realizar manobras de socorro, antes do encaminhamento para uma unidade de saúde. Neste período as imagens mostram o pai aflito com a situação, enquanto parte da equipe tenta acalma-lo. Mesmo assim, ele apavorado, chora e pede para às pessoas que passavam pela rua que chamasse ambulância.
Ele apenas, veio a se acalmar quando ouviu o choro da filha, que estava no colo de um dos guardas que prestaram socorro emergencial.
O que fazer nesta situação
Ao perceber que o engasgo é total e que, consequentemente, a criança não respira, é preciso começar as manobras. Para isso, pais e responsáveis devem ligar para o 192 ou o 193 para obter auxílio no socorro.
A orientação a ser dada por telefone são as mesmas ensinadas pelo sargento. Primeiro, as manobras mudam se a vítima estiver consciente ou inconsciente. Se o bebê lactente ainda está acordado, a pessoa que prestará socorro deve ficar em pé, apoiar o bebê na perna dominante, com ele de barriga pra baixo e em uma posição de 45 graus, então dar cinco tapas no início das costas.
Em seguida, na mesma posição, o bebê deve ser virado de barriga pra cima e, com dois dedos no centro do peito, faça cinco compressões torácicas. É preciso fazer isso até que a criança desengasgue. Caso a criança fique inconsciente, outra manobra deverá ser utilizada.
Crianças maiores de 5 anos
Se a criança tiver mais de 5 anos é preciso fazer a manobra de Heimlich. Em pé, a pessoa se posiciona por detrás do paciente, o abraça, posiciona as mãos na boca do estômago e faz uma pressão para que ele desengasgue, como empurradas para dentro do estômago e em direção à pessoa que presta o socorro.
Se a vítima estiver inconsciente, a abordagem é diferente e emergencial
É possível que pais ou responsáveis percebam o engasgo depois que a vítima já perdeu a consciência. Ou, ainda, as manobras de desengasgo não foram eficientes e, por falta de respiração, a criança ficou inconsciente.
Se isso ocorrer, é preciso levar a vítima – bebê ou criança acima de 5 anos – para o chão, deitá-la de barriga pra cima e fazer compressões torácicas para que o objeto saia pela boca. É preciso fazer 30 compressões e depois procurar o objeto na garganta. Se conseguir vê-lo, retire-o. Se não, faça mais 30. Faça até que o socorro, que foi pedido no começo do incidente, chegue ao local ou que a criança desengasgue.
É por situações como essa, nas quais as manobras não se tornam suficientes para solucionar o problema, que é crucial que o Corpo de Bombeiros ou a Polícia Militar sejam acionados assim que o engasgo for identificado. Quanto mais rápido o socorro for dado, mais chances tem aquela vida de ser salva.




















