Corrida de São Silvestre está mais masculina e paulista devido à pandemia

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(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Tradicional corrida de rua em São Paulo acontece hoje

O impacto das incertezas provocadas pela pandemia de covid-19 sobre a Corrida Internacional de São Silvestre começa a ser mensurado um dia antes da 96ª edição da prova, em 30 de dezembro de 2021, quando os organizadores compartilharam números do evento: o pelotão geral está mais masculino e mais paulista que em 2019, quando a 95ª foi realizada.

Em 2021, ano em que a organização fala em 20 mil corredores, 70,59% dos atletas inscritos são homens; 29,41%, mulheres. Em 2019, quando havia 33.542 corredores cadastrados – soma feita com números informados em comunicado enviado à imprensa em 30/12/2019 –, eles eram 66,55% dos inscritos; elas, 33,45%.

Essa redução (proporcional) da participação feminina não é novidade: em 2020, segundo o site Ticket Agora, os homens voltaram a ser a maioria dos compradores de inscrições – em anos anteriores, elas ocupavam a liderança.

São Paulo é o estado em que 73,44% dos inscritos brasileiros em 2021 moram; em 2019, esse percentual era de 68,13%. O Rio de Janeiro, segundo colocado nesse ranking, teve diminuição de presença: de 6,29% (2019) para 5,05% (2021).

A tendência em 2021 é, em razão dos preços de passagens e de combustível, haver uma “quebra” maior que a de 2019, quando cerca de 10% dos inscritos não foram à prova ou não a completaram. Já foi visto em outros eventos que esse índice pode ser maior que 20%.

Por causa do menor número de atletas neste ano, em 2021 serão disponibilizados 21,91% a menos de copos de água do que em 2021 (570 mil). As medidas de distanciamento social exigidas farão a organização da São Silvestre colocar 400 grades a mais que em 2019 (total de 4.400).

Pandemia

Por conta do atual cenário da pandemia em São Paulo, a organização exigiu o uso obrigatório de máscaras na largada e na chegada.

A proteção facial leva em conta pontos de grande concentração de pessoas. O regulamento da prova, porém, recomenda que os participem tentem usar a máscara sempre que possível, para a segurança de todos. Outra recomendação é que os corredores levem até uma máscara reserva e produtos de higienização pessoal, como o álcool em gel.

Além disso, o comprovante de vacinação, com as duas doses ou dose única, é exigido a todos os participantes da prova. Caso o atleta ainda não tenha completado o esquema vacinal, é necessário que esteja com um teste negativo para o coronavírus em mãos, com validade de 48 horas.

Segundo o regulamento, a decisão foi tomada por conta do atual cenário da pandemia no Estado, com prorrogação de quarentenas e algumas cidades do interior retomando lockdowns. Vale lembrar que a edição de 2020 foi cancelada em razão também da pandemia. 

Trajeto e horários

A prova terá largada na avenida Paulista, próximo ao número 2000, e chegada na mesma avenida, na altura do número 900, em frente ao edifício Cásper Líbero.

Os primeiros corredores a tomarem as ruas paulistanas serão os cadeirantes sem guia, que largam às 7h. Os com guia vão largar mais tarde, às 8h05, mesmo horário de atletas com deficiência. 

Em relação aos atletas de elite, o pelotão masculino também larga às 8h05. Já o feminino começa a prova um pouco antes, às 7h40. Os participantes da categoria geral e premium largam às 8h05. 

*com informações Esportividade e R7