Devotos da louvação a Iemanjá mantêm tradição e vão ao Porto Geral

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(Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense)

Religiosos e simpatizantes de manifestações da cultura africana em Corumbá, voltaram a se reuniram na noite de quinta-feira (30) para louvar Iemanjá. A prainha do Porto Geral foi o palco para receber as pessoas que mantêm viva a tradição no município pantaneiro.

Após o ano passado não ter a tradicional cerimônia, devido a pandemia, os religiosos de matriz africana, puderam se encontrar para pedir bênçãos e agradecer as graças alcançadas. Ao som dos atabaques, os caboclos, pretos velhos e orixás de tendas de Umbanda e Candomblé da cidade, prestaram homenagens à rainha do mar.

“Essa é uma festa que acontece há mais de cem anos em nossa cidade, por isso oferecemos o suporte para que os fiéis possam manifestar sua fé com toda tranquilidade”, afirmou o diretor-presidente da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico de Corumbá, Joilson Cruz. Uma imagem de Iemanjá, confeccionada pelo artista corumbaense Deniart, será instalada no local reservado às oferendas.

“Quanto à questão da biossegurança, o próprio presidente da Associação, Pai Clemilson Medina, juntamente com outros líderes religiosos, estão recomendando aos fiéis que todas as medidas de segurança cabíveis neste momento sejam seguidas”, completou o diretor-presidente da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico de Corumbá.

Para hoje (31), a tradicional cerimônia ocorre novamente na Prainha do Porto Geral .

Iemanjá

Confeccionada à base de isopor, a imagem sozinha de Iemanjá terá 5,30 metros com o andor atingirá pouco mais de 7 metros. Na mitologia yorubá (ioruba), Iemanjá, cujo nome tem significado de mãe dos filhos-peixe, é filha de Olokun, soberano dos mares, que deu a ela, quando criança, uma poção que a ajudasse a fugir de todos os perigos.

A deusa cresceu e se casou com Oduduá, com quem teve 10 filhos orixás (por isso seu nome significa também mãe de todos orixás). É considerado o orixá mais popular do Brasil. Em 02 de fevereiro é celebrado o dia de Iemanjá. Além desta data, devotos realizam celebrações também em 15 de agosto e 31 de dezembro, por conta da virada de ano e as simpatias das 7 ondas.

A influência da Rainha do Mar no Brasil começou com a chegada dos africanos ao país. Iemanjá é um orixá da religião do povo Egba, nativos da cidade de Abeokuta, na Nigéria. Com informações do blog Astrocentro.