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segunda-feira, 29 de abril, 2024
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Confirmado o primeiro caso de subvariante Ômicron XE no Brasil

O Instituto Butantan informou que encontrou uma pessoa infectada com a subvariante denominada XE, que é uma combinação de duas cepas diferentes da Ômicron: BA.1 e BA.2.Confirmado o primeiro caso de subvariante Ômicron XE no Brasil

O caso foi confirmado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (07), que acrescentou em nota que “mantém o constante monitoramento do cenário epidemiológico da covid-19”.

O primeiro caso da doença foi mapeado na cidade de Londres, em janeiro deste ano. Segundo o Instituto Butantan, a taxa de crescimento da XE é 10% superior à da cepa BA.2.

Contudo, o Instituto informa que ainda não há evidências suficientes acerca de mudanças, vantagens e desvantagens da circulação a nova variante em aspectos como gravidade, transmissão e eficácia de vacinas já existentes.

Veja a nota completa do Ministério da Saúde:

Ministério da Saúde informa que foi notificado na quarta-feira (6), pelo Instituto Butantan, da confirmação do primeiro caso da variante XE (recombinante das sublinhagens BA.1 e BA.2 da Ômicron) no Brasil.

A pasta mantém o constante monitoramento do cenário epidemiológico da Covid-19 e reforça a importância do esquema vacinal completo para garantir a máxima proteção contra o vírus e evitar o avanço de novas variantes no país.

Qual a diferença entre elas?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a XE seria ainda mais transmissível do que a variante BA.2 da ômicron, hoje considerada a cepa do SARS-CoV-2 com maior poder de transmissibilidade e incidência no mundo. A linhagem XD estaria mais associada a uma maior transmissibilidade ou agravamento de casos. A XF, por sua vez, não preocupa as autoridades de saúde, pois parece ter desaparecido, já que desde 15 de fevereiro não é detectada.

A variante XD, também conhecida como deltacron, tem uma estrutura recombinante derivada das sublinhagens AY.4 (delta) e BA.1 (ômicron) e foi categorizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como variante em monitoramento (VUM, na sigla em inglês).

A variante recombinante da ômicron foi detectada pela primeira vez na França e estaria em circulação também na Dinamarca e na Holanda desde dezembro de 2021. Segundo os cientistas do Instituto Pasteur, que descobriram essa linhagem, a deltacron tem o gene da proteína Spike, a espícula do vírus responsável por infectar as células, semelhante à ômicron e o “corpo” do vírus com estrutura da delta. Até 25 de março, 49 casos haviam sido notificados entre os três países, de acordo com a plataforma GISAID, que notifica as variantes do SARS-CoV-2 que circulam pelo mundo.

A variante XF também é uma recombinação das variantes delta e ômicron (BA.1). Ela foi identificada no Reino Unido em 7 de janeiro, com incidência de 38 casos reportados até 15 de fevereiro, e sem notícia de incidência em outros países, segundo a Agência de Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês).

Já a variante XE é uma recombinante de duas cepas da ômicron BA.1 e BA.2 e foi identificada pela primeira vez também no Reino Unido, que vive uma ascensão de casos. Segundo a UKHSA, já foram notificadas mais de 600 amostras sequenciadas da cepa recombinante no país desde 19 de janeiro, quando o primeiro caso foi identificado em Londres. E este número continua aumentando na Inglaterra, embora sem se refletir em um agravamento da doença.

A XE, em particular, mostrou uma taxa de crescimento variável, 10% superior à da cepa BA.2 da ômicron, mas ainda faltam evidências que mostrem que essa variante tem uma verdadeira vantagem de crescimento em relação às outras. Até o momento, não há evidências suficientes para tirar conclusões sobre transmissibilidade, gravidade ou eficácia da vacina sob estas variantes recombinantes, destacou o relatório britânico.

“As variantes recombinantes não são uma ocorrência incomum, principalmente quando existem diversas variantes em circulação, e muitas foram identificadas ao longo da pandemia até o momento. Tal como acontece com outros tipos de variantes, a maioria morrerá relativamente rápido”, disse Susan Hopkins, consultora e médica-chefe da UKHSA no último relatório de análise destas variantes divulgado pelo órgão.

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