Ação contra furto de energia em bairro nobre da capital flagra de ‘gatos’ a ligação direta na rede

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Publicado em 05/10/2017 12h29

Ação contra furto de energia em bairro nobre da capital flagra de ‘gatos’ a ligação direta na rede

Empresário de MS foi preso em flagrante quando usava alicate para cortar fio de fraude

G1 MS

Casas e empresas do bairro Carandá Bosque e região do prosa, em Campo Grande, foram alvos de uma operação conjunta da Polícia Civil e a Concessionária de Energia – Energisa, nesta quinta-feira (5). Além de fraudes no medidor de energia, policiais e peritos encontraram reincidência no crime, com ligações diretas na rede e até mesmo um empresário que usou um alicate para cortar o ‘gato’, no momento em que as equipes chegaram ao seu comércio.

“O principal é constatar a expectativa de consumo do local e o gasto real. No caso de empresas deste bairro, temos cerca de dez alvos pré-definidos. O importante destacar é que neste tipo de crime, quando o cidadão faz uma adulteração, o chamado gato, ele está fazendo um cidadão honesto pagar por ele. Nós estamos em uma fase de reclamar tanto de corrupção, de Brasília, porém, muitas vezes, é o nosso vizinho que não está sendo honesto”, afirmou ao G1 o delegado Paulo Sá, responsável pelas investigações.

Em um dos alvos, na avenida Vitório Zeolla, conforme o delegado, o proprietário cometeu o crime de uma forma primitiva. “Ficou muito evidente a fraude aqui, pois o relógio do dono deste imóvel foi retirado em uma vistoria anterior e encaminhado para perícia. Após isso, ele fez uma ligação direta nas ruas. Essa modalidade e outras adulterações feitas por computador são as mais comuns de serem encontradas”, ressaltou Sá.

Já o gerente da área de perdas da concessionária, Ercílio Diniz, comentou que os envolvidos vão responder por um processo administrativo, além de um inquérito policial pelo crime, cuja pena varia de um a quatro anos de prisão. Um homem foi preso em flagrante e está sendo encaminhado para a 3ª Delegacia de Polícia.

“A Energisa realiza cerca de 10 mil fiscalizações por mês e, 20% deste número, são de irregularidades. Por ano, em todo o estado, encontramos cerca de 24 mil irregularidades. Isto se deve ao nosso setor de inteligência e também por denúncias, já que as pessoas não estão mais aceitando tal prática criminosa”, finalizou.

Funcionários da concessionária de energia e peritos da Polícia Civil avaliam relógio (Foto: Graziela Rezende)