Crianças com fissura labial são operadas pela Funcraf através do HRMS

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Termo de cooperação assegura cirurgia para crianças com fissura labial (Foto: HRMS)

Dez crianças, sendo duas da Capital e oito do interior, estão no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) para dar início a cirurgia reconstrutora de fenda labial, também conhecido como lábio leporino.

Apesar de as crianças que têm a síndrome serem assistidas pela Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Crânio-Faciais (Funcraf), localizada em Campo Grande, a cirurgia reparadora de fenda lábial não é realizada em nenhuma unidade hospitalar de Mato Grosso do Sul.

No caso dos pacientes, eles recebem todo o procedimento pré-operatório na Funcraf e, quando estão aptas para a cirurgia, são encaminhadas para a cidade de Bauru (SP), no hospital do Centrinho/USP, que é referência nacional neste tipo de tratamento. Já a parte de pós-operatório e o acompanhamento dos pacientes é feito pela equipe da Funcraf, através do Sistema Único de Saúde (SUS).

O cirurgião plástico Dr. Carlos Eduardo Bertier veio de Bauru para realizar as cirurgias na Capital. O procedimento só foi possível graças ao termo de cooperação entre Hospital Regional de Mato Grosso do Sul e a Funcraf.

Segundo explicou, a operação é uma cirurgia de “reconstrução do lábio, músculos, mucosa e tecido cutâneo, que é feita para deixar da forma mais agradável possível, tanto no resultado estético, quanto na saúde e na vida social da criança, melhorando a alimentação, amamentação, o convívio social e a comunicação”.

O cirurgião dentista e especialista buco maxilo Dr. Fernando Ruas Esgalha, que compõe a equipe médica do HRMS, salienta a importância dessas cirurgias serem feitas aqui no HRMS.

“Esse termo de cooperação facilita a vida do paciente, que não precisa ir até o interior de São Paulo para fazer a cirurgia. O Hospital Regional tem a logística e a Funcraf tem o recurso para que esse procedimento possa ser realizado aqui. Nesse fim de semana atenderemos dez crianças, mas esperamos que esse termo se estenda e que possamos trazer essa referência para o HRMS”, frisa.

O diretor presidente do HRMS, Dr. Lívio Viana de Oliveira Leite, assegurou a realização das cirurgias no HRMS disponibilizando toda a logística, desde equipe de apoio, insumos e medicamentos. “Esse translado que a família tem de fazer é desgastante para eles e para o Estado, que precisa acompanhá-los. Se a gente conseguir trazer essa referência para o HRMS não serão apenas dez, mas centenas de novos sorrisos estampados no rosto de nossas crianças”, destacou.