Criança de 1 ano morre por leishmaniose visceral em Corumbá

410
Mosquito-palha é o transmissor da leishmaniose — Foto: Divulgação/Prefeitura

A cidade de Corumbá registrou a morte de mais uma pessoa por decorrência da leishmaniose visceral. A nova vítima fatal é uma criança de apenas um ano de idade, que estava internada por último na Santa Casa de Campo Grande, onde não resistiu a doença e faleceu no dia 03 deste mês. O caso só foi divulgado pela Secretaria de Saúde do Município na terça-feira (07).

A menina morava no bairro Previsul e foi internada no dia 1º de junho, na Santa Casa de Corumbá, mas precisou ser transferida para a Capital logo em sguida.

De acordo com a Secretaria de Saúde, todas as medidas cabíveis já foram adotadas. No dia 02 de junho, foi realizado bloqueio mecânico e químico na região que a criança morava; armadilhas foram colocadas para captura e análise dos mosquitos e um mutirão para retirada de materiais inservíveis das residências e terrenos baldios.

Além disso, de acordo con a pasta, todos os finais de semana são feitos mutirões de limpeza em locais em que há maior incidência de notificações de dengue e leishmaniose.

Além do bebê, outras duas pessoas também já morreram em Corumbá ao longo deste ano por conta da leishmaniose visceral. O primeiro óbito foi em 3 de abril, sendo o paciente um idoso de 64 anos e que era cardiopata, morador do Assentamento Paiolzinho. Exato um mês depois, no dia 3 de maio, outro idoso, de 74 anos, residente no bairro bairro Guanã, também faleceu em decorrência da doença.

A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa causada pelo protozoário leishmania chagasi. A transmissão acontece quando fêmeas dos mosquitos conhecidos como mosquito-palha picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário.

Cuidados contra a doença

Não existe uma única forma de prevenção contra a leishmaniose. Por isso, são necessários alguns cuidados:

  • Eliminar possíveis criadouros do mosquito-palha, como retirar matéria orgânica do quintal e não deixar lixo acumulado;
  • Limpar ambientes que tenham fezes de animais;
  • Usar coleira repelente para cachorros;
  • Implantar telas nas janelas quando o bicho fica dentro de casa;
  • Evitar passeios noturnos com os animais. Ao anoitecer, o mosquito apresenta maior atividade.

Sintomas da leishmaniose em humanos

  • Febre;
  • Perda de peso substancial;
  • Inchaço do baço e do fígado;
  • Anemia.
  • A doença pode ser fatal se não for tratada em 90% dos casos.

Sintomas da leishmaniose em cães

  • Emagrecimento;
  • Vômitos;
  • Fraqueza;
  • Queda de pelos;
  • Crescimento das unhas;
  • Feridas no focinho, orelhas e patas.