DEPCA não encontra provas de abusos cometidos por professora em escola da Capital

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Sede da DEPCA (Foto: Reprodução)

A Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) descartou o crime de estupro de vulnerável pelo qual vinha sendo investigada uma professora que atua dentro de uma escola particular no centro de Campo Grande. Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (09), a delegada responsável pelo, Fernanda Mendes, e o delegado-adjunto Marcelo Damaceno disseram que não foram encontrados indícios que configurassem o crime.

De acordo com a investigação, foram cinco denúncias apresentadas por pais de crianças de 3 e 4 anos (três meninas e dois meninos) contra a professora, que não teve a identidade divulgada. A princípio, foram identificadas provas dos supostos crimes de estupro e maus-tratos, no entanto, ficou esclarecido que não foram identificados indícios e, em depoimento especial na delegacia, as crianças não confirmaram qualquer abuso.

De acordo com os delegados, apenas uma criança teria relatado possível caso de maus-tratos sofrido em junho de 2021, quando a professora colocou a criança sentada na cadeira, com força, e teria puxado o cabelo dela. Esse fato ficará a cargo do Poder Judiciário para oferecer ou não denúncia contra a educadora.

Conforme as denuncias, os abusos teriam acontecido quando a professora levava as crianças ao banheiro, Para tentar encontrar provas, a investigação periciou imagens das câmeras de segurança da escola de um prazo de 15 dias, mas qualquer alteração no comportamento da professora ou das auxiliares foi constatado. Também foi identificado que quem levava as crianças ao banheiro eram as funcionárias auxiliares.

Além das filmagens, foi feita análise nos aparelhos eletrônicos recolhidos da professora e também do marido dela, porém, nada foi localizado. O advogado da escola, Bruno Resina, relatou que a professora seguirá afastada, por tempo indeterminado, até que possa retornar às atividades.

No dia 12 de maio, as famílias das crianças procuraram a Depca. Em um dos casos, a menina de 3 anos descreveu para a sua mãe situações compatíveis com abuso sexual por parte da professora. A filha teria reproduzido em casa ato libidinoso que a professora teria ensinado. Dias depois, a filha de uma amiga dessa mãe que também estuda na mesma escola fez os mesmos atos em sua casa, aumentando a suspeita para o abuso sexual dentro da escola. Além disso, essa segunda aluna alegou incômodo no órgão genital.