O então ‘poderoso’ e procuradíssimo pelo mundo todo, por crimes no Brasil e por diversos países, o ex-major da PM-MS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), Sérgio Roberto de Carvalho, foi finalmente preso na Hungria. O ex militar oficial, que já foi condenado e preso em MS, fugiu em ‘descuido’ no Estado, volta a ser preso, após anos foragido de polícias federais do mundo todo, mas agora como uma mega traficante, que até é comparado ao mundial narcotraficante colombiano Pablo Escobar.
A prisão foi noticiada pela rede CNN Portugal, que aponta que ele foi flagrado com documentos falsos, como bem já divulgado a alguns anos pelo Programa Fantástico da rede Globo, que ele tem vários disfarces entre nome e aparência. Em novembro de 2019, o ex-policial fugiu do cerco da PF (Polícia Federal) na operação Enterprise e chamou a atenção por ter até uma versão “morto-vivo”.
Carvalho é apontado como líder de organização criminosa capaz de exportar 45 toneladas de cocaína (equivalente a R$ 2,2 bilhões), onde assim passou a ser chamado de novo ‘Pablo Escobar’. Para fugir da polícia, Carvalho criou até uma segunda identidade na Europa – batizada de Paul Wouter. Depois da investigação, a defesa de Wouter apresentou certidão de óbito por covid-19, sendo o corpo cremado, portanto sem condições de análise de DNA dos restos mortais para confirmar a identidade.
O mundo criminoso do ex-major já vem de muitos anos e em vasta área, a mais de 30 anos, com marcas já na década de 80, iniciando ou quando foi parar no radar da PF por contrabando de pneus do Paraguai. Após vem ou se é descoberto o trafico de drogas, pois sua primeira prisão foi em 1997, com uma carga de 237 kg de cocaína, numa fazenda de Rio Verde. Em 2007 e 2009, quando já cumpria pena em regime semiaberto, voltou a ser preso por envolvimento em jogos de azar, alvo das então operações Xeque-Mate e Las Vegas, que investigaram o setor.
Mais e novos crimes até expulsão da PM
No ano de 2010, virou notícia durante a Operação Vitruviano, que apurou fraude ao espólio de um homem que morreu sem deixar herdeiros, mas com patrimônio de R$ 100 milhões.
A expulsão da PM (Polícia Militar) só veio em 7 de março de 2018, mas Carvalho, ou seus advogados, ainda trava uma briga judicial com o governo de Mato Grosso do Sul para receber R$ 1,3 milhão de aposentadorias.
O governo, até para não continuar o absurdo de pagar um criminoso condenado e foragido, então adotou estratégia de “na dúvida”, devido ao embate judicial, pela suspenção do pagamento da aposentadoria de R$ 11 mil.
A ‘estratégia’ vem também com base que todo servidor público tem que anualmente provar que está vivo. Assim, o governo foi ao rigor da ação e mandou que até que Carvalho faça prova de vida, não se faça os pagamentos.
Como até então estava foragido e não “podia aparecer”, ele ficou sem a benesse de mais um dinheiro público a seu dispor, principalmente que foi expulso da PM, devido aos seus crimes.