O relatório AgroInfo, do Rabobank, de junho, aponta que a safra brasileira de soja alcançará 126 milhões de toneladas, 12 milhões de toneladas a menos do o registrado na safra 2020/21. O documento cita que a elevação das cotações em Chicago desde o início de 2021 vem impactando negativamente as margens de esmagamento na China, além disso, as perdas ocasionadas pelo La Niña na safra brasileira de soja reduzirão as exportações da soja em grão em 10 milhões de toneladas durante o ciclo 2021/22.
O esmagamento de soja no Brasil deverá aumentar 1,5% e alcançar patamares recordes, de acordo com o relatório. A estimativa é que o volume esmagado atinja 48,8 milhões de toneladas. A guerra entre Rússia e Ucrânia reduziram a disponibilidade de óleo de girassol no mercado internacional, o que favoreceu os preços de outros óleos vegetais, entre eles o de soja.
Além disso, o governo da Argentina anunciou no início de 2022 o aumento do imposto para as exportações do complexo da soja, o que vem favorecendo as exportações brasileiras de farelo e óleo de soja durante a temporada 2021/22.
Exportação de soja em junho deve superar a do mesmo mês de 2021
Nos Estados Unidos, impulsionado pela alta das principais commodities agrícolas e a consequente competição pela área plantada, espera-se uma retomada do aumento da área plantada de soja, sugerindo uma produção recorde em 2022/23 de cerca de 126 milhões de toneladas, 5% superior ao observado no ciclo anterior.
Mesmo considerando uma redução das exportações, os estoques da soja no Brasil ao final de 2022 devem permanecer em níveis baixos, o que deve favorecer os preços da o grão. Para a safra brasileira 2022/23, o Rabobank estima um aumento de área de 4,5% impulsionado por preços e margens positivas.
*Com informações do Canal Rural