A Operação Basalto, desencadeada no Paraguai em conjunto com a Operação Ágata Oeste que acontece no Brasil, resultou em um prejuízo avalido em US$ 12,5 milhões aos narcotraficantes que agem na linha de fronteira entre os dois países e também na Bolívia. A informação foi divulgada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) no balanço de encerramento da ação, ocorrido na manhã desta quinta-feira (28).
De acordo com as investigações, o prejuízo com a operação policial afetou especificamente a facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital), que é hoje o principal comprador da droga produzida no Paraguai. Os dados levantados pelos agentes especiais paraguaios apontam, que além de controlar o comércio de drogas, a organização também já detém o controle da lavouras que produzem a maconha.
Durante os sete dias de operação, foram apreendidos mais de 415 mil (exatos 415.021) quilos de maconha, sendo essa a maior apreensão realizada no âmbito de uma única ação operacional no Paraguai. Também foram arruínados 18 centros de processamento da droga e 57 acampamentos usados pelos traficantes e produtores de droga. O Senad contabilizou a destruíção total de quatro pistas para aeronaves usadas por traficantes de cocaína no Parque Nacional Paso Bravo de Concepción, na fronteira com Caracol (MS).
Em uma das ações realizadas durante a operação está a apreensão de maconhas que foram encontradas no dia 26 enterrada em uma fazenda na Colônia Estrella, em Pedro Juan Caballero. Além disso, foram apreendidas na Basalto duas caminhonetes usadas pelos traficantes e recuperados um trator, pertencente à empresa Sanesul em Dourados, e uma caminhonete roubada no Brasil, e ainda um carregamento de tomates contrabandeados.
Participaram da Operação Basalto equipes do Ministério da Defesa Nacional, Ministério do Interior, Comando de Operações de Defesa Interna, Polícia Nacional e Ministério Público. Essa foi a primeira vez que Brasil e Paraguai fizeram operação simultânea combinada e coordenada na região de fronteira.