Forças policiais da fronteira entre o Brasil e o Paraguai estão mobilizadas e em alerta máximo diante da descoberta de mais um plano de confronto armado entre facções adversárias que estão disputando o controle do tráfico de drogas e de armas daquela região, especialmente nas cidades de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero (PY).
De acordo com as informações, um relatório produzido pela investigação da polícia brasileira foi enviado para a polícia paraguaia apontando para a possibilidade de um ataque entre grupos rivais. Apesar da descoberta, a investigação não conseguiu descobrir quem seriam os alvos e nem os locais dos tentados, que devem acontecer a qualquer momento.
Execuções são constantes na fronteira seca entre os dois países. Na grande maioria dos crimes, os pistoleiros surpreendem as vítimas em plena luz do dia e até mesmo em locais de grande circulação de pessoas. Nos crimes, é comum o grande número de tiros dados contra os alvos, bem como o calíbre grosso usado nas ações.
Essa não é a primeira vez que as forças policiais da fronteira precisam reforçar o quadro diante da possibilidade de um conflito entre rivais. No dia 14 de julho, ameaças de atentados também foram registradas pelo serviço de inteligência do Comando-Bipartido, formado por policiais dos dois países.
Na ocasião, se descobriu que pelo menos 40 homens armados teriam sido mobilizados pela facção brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) sob o comando de um traficando apelidado de “Dogão” e que está se associado a outro brasileiro, conhecido como “Danilinho”, no intuito de tomarem o controle da região.
“A informação indica que aproximadamente 40 pessoas fortemente armadas estariam percorrendo a cidade com o propósito de atentar contra pessoa desta cidade”, dizia trecho do documento assinado pelo comissário Marino Cantero Gaona e enviado a seus superiores. No entanto, esse suposto conflito entre facções rivais não aconteceu.
