30.8 C
Campo Grande
quinta-feira, 18 de setembro, 2025
spot_img

Fronteira de Corumbá é fechada em protesto pela realização do Censo Demográfico Boliviano

A fronteira do Brasil com a Bolívia, em Corumbá, está fechada há mais de 24 horas por conta de um protesto intitulado ‘Paro Cívico’. Essa é a segunda ação do tipo que acontece no período de 20 dias. Os manifestantes cobram do Governo Federal a realização do Censo Demográfico, que foi adiado para 2024. Nenhum veículo está conseguindo atravessar a divisa entre as duas nações, sendo permitida apenas a travessia de pedestres.

O bloqueio começou ainda na madrugada de ontem (8) para pressionar o governo a fazer o censo demográfico. A informação local indica que a somente na quarta-feira (10) o acesso será liberado. O Setlog Pantanal (Sindicato das Empresas de Transporte e Logística do Pantanal) aponta que mais de 100 caminhões já foram afetados pelo movimento e terão atrasos em suas entregas, tanto do lado brasileiro quanto na Bolívia.

Já o presidente do Comitê Cívico de Puerto Quijarro, Mario Enrique Rodriguez, disse em entrevista ao site local Diário Corumbaense que o protesto segue até às 18h desta terça-feira (09), mas se não houver nenhuma resposta do governo sobre a realização do Censo Demográfico, a fronteira voltará a ser fechada.

Ainda na entrevista, o representante dos manifestantes explicou que o Censo foi realizado pela última vez em 2012 e que precisa ser realizado até junho de 2023, no máximo. “Santa Cruz, conforme o ultimo levantamento, tinha 2 milhões de habitantes, desde então, essa população cresceu. Isso afeta diretamente no repasse de verba pública para investimentos, políticas sociais, que deveria ser de acordo com o número de pessoas que vivem no departamento”, disse ao site.

No último dia 25 de julho, uma manifestação neste mesmo sentido também interditou a fronteira por pouco mais de um dia. A cidade de Puerto Quijarro, na divisa com Corumbá, é conhecuda por abrigar universidades onde muitos brasileiros estudam, especialmente o curso de medicina, que é mais barato. Pelo menos 500 acadêmicos estão tendo que seguir a pé para a cidade.

Além da fronteira com Corumbá, também há pontos de bloqueios na estrada Bioceânica, nas cidades de Carmen Rivero Torrez, Roboré, San José e Pailon.

Fale com a Redação