Após uma série de reduções no preço dos combustíveis, a Petrobras agora anunciou que também vai abaixar o valor cobrado pelo gás liquefeito de petróleo (GLP), o mesmo que é usado no gás de cozinha. De acordo com a estatal, o preço médio junto às distribuidoras será reduzido a partir de amanhã (13) de R$ 4,23 para R$ 4,03 o quilo, ou seja, queda de 4,7%.

Essa é somente a segunda redução no preço do GLP neste ano, a primeira foi em abril, quando houve uma queda de R$ 0,25 no valor do kg. Até então, o preço do gás de cozinha sofreu uma série de reajustes históricos, começando por julho do ano passado quando houve aumento de 6%, depois em outubro mais 7,2% e, em março deste ano, novo aumento de 16,1%.
Em Campo Grande, o preço do gás de cozinha passou a ser vendido acima de R$ 100,00 pela primeira vez na história por conta dos reajustes. Atualmente, a média encontrada nas revendedoras da cidade é de R$ 105,00 no dinheiro à vista ou cartão de débito.
Segundo a Petrobras, o preço médio de 13 kg, que correspondente ao botijão de uso doméstico, sofrerá uma redução de R$ 2,60, ficando em R$ 52,34. Contudo, não é possível precisar o valor final que será cobrado do consumidor, já que outros fatores exercem influência como os tributos que incidem sobre o GLP e as margens de lucro das distribuidoras.
A estatal calcula ser responsável apenas por 49,2% do valor final. Atualmente, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS), tributo estadual, responde por 10,6%. O restante do preço é de responsabilidade das distribuidoras, que leva em conta os gastos logísticos e a margem de lucro.
Os reajustes refletem as variações do mercado internacional, conforme a Política de Preços de Paridade de Importação (PPI) adotada pela estatal desde 2016. Na semana passada, o preço do barril de petróleo tipo brent, usado como referência, caiu abaixo de US$ 90 pela primeira vez desde fevereiro. No primeiro semestre do ano, porém, o cenário internacional era outro. Com base no PPI, os combustíveis sofreram forte alta.
Em nota, a Petrobras informa que a redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a sua prática. A estatal sustenta que busca o equilíbrio com o mercado, sem repassar a volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio. “De forma a contribuir para a transparência de preços e melhor compreensão da sociedade, a Petrobras publica em seu site informações referentes à formação e composição dos preços de combustíveis ao consumidor”, acrescenta o texto.











