Assegurar e prevenir a prática da violência física, apelidos, preconceito e outros comportamentos que são classificados como bullying. Esse é objetivo do projeto ‘I don’t bully’ (Eu não faço bulling – na tradução para o português) desenvolvido pelo Colégio Adventista através da unidade do bairro Jardim dos Estados, em Campo Grande. A iniciativa envolve toda a comunidade escolar em uma ação de conscientização contra essa prática, que já foi até mesmo reconhecida pela Legislação Federal (Lei 13.185/15).
Durante os dias 14 a 21 de setembro, sempre nos dias letivos e no horário escolar, os estudantes irão participar de uma série de atividades relacionadas ao tema. Também serão distribuiídos panfletos, banners, faixas, além de ter contação de histórias, esquetes, entrega de livros e palestras. O trabalho consiste na pontuação de valores importantes como humildade, igualdade, para que os alunos percebam que todos são iguais, independente de cor, raça e credo.
De acordo com a professora Silene Santana Cruz Carvalho, organizadora da ação educativa do Colégio Adventista, a iniciativa surgiu pela necessidade dos alunos distinguirem a diferença entre a violência comum e o bullying. “Uma violência diferenciada das outras e que tem crescido muito nos últimos tempos, principalmente nas escolas. O objetivo é conscientizar sobre a importância da valorização e o respeito pelo próximo”, destacou.
A educadora também explicou que o bullying é uma ação repetitiva do ato. “Torna-se violência quando incomoda ao próximo. Se ele não gosta, não aceita ou sente-se desconfortável, tem que ser evitado”, disse. A professora citou que o diálogo ainda é a melhor maneira de resolver o problema dentro da escola. “Além disso, na medida do possível, descobrir onde está a raiz do problema porque, quando uma pessoa pratica bullying, provavelmente existe algum conflito por trás”, complementou.
Questionada sobre a prática do bullying nas redes sociais, Silene Santana disse que está mais acessível já que, por trás das telas, não é preciso mostrar o rosto. “É o termo designado cyberbullying. Existe a sensação de impunidade. ‘Posso fazer o que quiser que ninguém vai saber’. Mas não concordo que as redes sociais sejam responsáveis pelo crescimento do bullying. Acredito que o maior motivo seja a desestrutura familiar”.
O Colégio Adventista de Mato Grosso do Sul desenvolve a conscientização contra o bullying há 13 anos. “Passamos filmes, vídeos, palestras com profissionais, fazemos debates, ouvimos e repassamos depoimentos de superação. Esse projeto envolve toda a comunidade escolar. Alunos de todos os seguimentos, professores e funcionários. Estendemos nossa mensagem também aos pais, responsáveis e comunidade através de literaturas e panfletos”, finalizou.
