A Derf (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos) prendeu oito pessoas nesta terça-feira (13), em Campo Grande, dentro da Operação Patrimonium, desencadeada para investigar uma quadrilha que praticava crimes contra condomínios de luxo, especialmente aqueles que ficam no centro da cidade. Dos detidos, quatro eram membros de uma mesma família e quatro já haviam sido capturados anteriormente, quando a apuração começou, em abril deste ano.
A polícia descobriu que a quadrilha tinha uma maneira específica de escolher suas vítimas. dos integrantes, quatro eram operários da construção civil e sempre que estavam trabalhando em obras nestes residenciais ficavam monitorando os moradores e depois repassavam as informações para os comparsas.
Durante a operação, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, sendo encontrados nas casas celulares, documentos, dinheiro em espécie, veículos e objetos, tudo oriundo dos furtos cometidos pela quadrilha ou adquiridos com o resultado do lucro das ações. Dos alvos, quatro eram de uma mesma família, sendo um homem, a namorada dele, o cunhado e a sogra. Desses, a sogra e a filha dela seriam as responsáveis por vender os produtos furtados das casas pela internet.
Além disso, dois integrantes do grupo acabaram presos em flagrante por tentativa de furto à uma casa no Bairro Antônio Vendas, no domingo (11). Já outro indivíduo que também foi preso na operação era foragido da justiça e foi encontrado em um dos domicílios dos endereços onde foram cumpridos os mandados.
A Derf destacou que parte da quadrilha tinha sido presa no fim de abril, quando vários objetos furtados foram recuperados. A polícia identificou seis furtos qualificados e uma tentativa de furto em diferentes condomínios de Campo Grande. Foram coletada ainda provas de que os bandidos estavam usufruindo de bens, viagens, veículos e objetos de marcas renomadas, ostentando nas redes sociais com dinheiro arrecadado dos furtos.
Ao todo, a operação contou com a participação de quatro delegados de polícia e 30 agentes da Polícia Judiciária. De acordo com a legislação penal, a pena para o crime de furto qualificado varia de 2 a 8 anos de reclusão enquanto que a pena por integrar associação criminosa vai de 1 a 3 anos. O caso segue em investigação para tentar encontrar outros membros do grupo. Os presos devem passar por audiência de custódia para saber se continuarão presos ou se serão soltos.











