Presa em flagrante com material pornográfico envolvendo menores de idade, em Campo Grande, uma mulher de 26 anos confessou para a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) que atuava como uma espécie de cafetina, gerenciando e promovendo encontros sexuais para as meninas através de plataformas digitais. O esquema foi descoberto nesta quarta-feira (14), durante mais uma ação da Operação Sentinela, que investiga crimes de pedofilia em Mato Grosso do Sul.
De acordo com a delegada responsável pelas investigações, Anne Karine Trevisan, a mulher disse que publicava e compartilhava fotos e vídeos de mulheres nuas nas redes sociais e em sites de relacionamento para conseguir agendar programas sexuais, recebendo de R$ 120,0 a R$ 150,00 por hora contratada.
Ainda em sua versão, disse que não sabia a idade das mulheres que trabalhavam como garotas de programas, especialmente se algumas dessas tinha menos de 18 anos, o que configura crime de pedofilia e estupro de vulnerável.
A cafetina foi presa em sua casa, no bairro Coophasul, mantendo um grande arquivo de mídias com mulheres nuas e/ou realizando sexo. Ela vai responder pelos crimes de armazenamento e compartilhamento de material pornográfico e exploração sexual de vulnerável.
Quando a polícia esteve na casa dela foram encontradas duas crianças, que seriam filhas dela. As duas foram encaminhadas para a delegacia de polícia, onde conversaram com psicólogos para tentar identificar possíveis atos criminosos, como estupro e abuso. No entanto, segundo a delegada, não foram comprovados tais práticas e as crianças foram entregues para parentes.
A delegada pediu a prisão preventiva da cafetina e agora apura o envolvimento de outras pessoas no esquema. A identidade dela não foi divulgada.
Além dela, a operação também prendeu um acadêmico de Direito, de 22 anos, no bairro Jardim Noroeste. Ele se negou a prestar depoimento, alegando que falará somente em juízo. A investigação pontuou que ele compartilhava e arquivava fotos e vídeos de crianças e adolescentes com cenas de sexo. Uma terceira pessoa também foi alvo dos policiais, porém, este foi liberado após prestar depoimento.
Foram apreendidos dois celulares, um computador e um HD externo nos endereços alvos dos mandados de busca e apreensão. Ao todo, foram 9 mil mídias encontradas nos equipamentos, todos com conteúdo pornográfico.











