Os shows estão novamente liberados dentro da estrutura do Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande. Em decisão tomada na segunda-feira (31) e publicada hoje (1º), o vice-presidente do TJ, desembargador Sideni Soncini Pimentel, acolheu o recurso da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) e liberou as apresentações.
O local estava sem o aval para sediar eventos artísticos desde o mês de março deste ano, quando a 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos interditou a estrutura.
Como consequência desta decisão, a Expogrande, uma das mais tradicionais feiras agropecuárias de Mato Grosso do Sul, precisou ter a parte de entretenimento realizada no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês enquanto que a feira e leilões aconteceu no Parque de Exposições, ambos es eventos ainda aconteceram em datas separadas.
Desde então, a Acrissul vinha recorrendo para tentar liberar o parque, o que aconteceu somente agora. Entretanto, em sua decisão, Pimentel citou que a entidade tinha autorização para shows, desde que fossem encerrados à meia-noite, fator este que foi mantido por ele.
“Diante da presença dos requisitos legais exigidos, concedo efeito suspensivo a este recurso especial a fim de permitir o funcionamento da recorrente e das empresas particulares estabelecidas em sua sede, bem como a realização de shows noturnos, desde que estes sejam encerrados impreterivelmente até às 00:00”, concluiu.
Além desse caso, a Acrissul também tenta derrubar a cláusula de um acordo firmado com o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) onde é obrigatória a construção de uma concha acústica no Parque de Exposições. Para a entidade, essa proposta é inexequível, com custo calculado de R$ 12 milhões somente para erguer um muro.
Entretanto, o promotor responsável pelo caso, Luiz Antônio Freitas de Almeida, sustenta que a associação emprega engodos e artimanhas para não cumprir a obrigação. O MPMS pontuou que a Acrissul informa que cada edição da Expogrande movimenta R$ 100 milhões. Então, ao longo de uma década, o total chega a R$ 1 bilhão.











