25.8 C
Campo Grande
quarta-feira, 12 de novembro, 2025
spot_img

Morte encefálica de paciente resultou na doação de órgãos que salvou seis pessoas

Perder um familiar, um amigo ou aquela companheira que sempre esteve ao seu lado é, de fato, um dos momentos mais conturbados do nosso ciclo neste mundo. Ao mesmo tempo, é gratificante para este que se foi para a vida póstuma saber que os seus órgãos poderão ajudar a melhorar as condições de vida de outras pessoas. O gesto da doação de órgãos é o último ato de compaixão do ser humano.

Na terça-feira (27), a Santa Casa de Campo Grande fez a captação de múltiplos órgãos e tecidos doados pelos familiares de um jovem de 21 anos, que estava internado em decorrência de um traumatismo cerebral e que acabou provocando a sua morte encefálica. A extração dos órgãos benefício seis pessoas que aguardavam na fila do transplante em diferentes estados do País.

Durante o procedimento, conduzido pela Organização de Procura de Órgãos (OPO) do hospital e das equipes cirúrgicas, foram captados rins, fígado, coração e também córneas. O primeiro a sair rumo ao novo destino foi o coração, pois o tempo máximo fora do corpo é menor em relação aos demais órgãos e para isso foi necessário o apoio da Força Área Brasileira (FAB) para o transporte.

Em seguida, rins e fígado também foram levar esperança e qualidade de vida a pacientes em Belo Horizonte, Brasília e novamente para São Paulo. Além disso, as córneas extraídas permaneceram no Banco de Olhos da Santa Casa de Campo Grande, estandod disponíveis para eventuais transplantes.

De acordo com a Santa Casa, apesar do número de recusa familiar, as doações se mantiveram expressivas em 2022. A autorização dos familiares dos pacientes, necessária para a captação, possibilitou que muitas famílias experimentassem a transformação de vida por meio do nobre gesto.

“Ainda percebemos muitos entraves entre os familiares, mas buscamos uma relação próxima desde a chegada do paciente no hospital. Esclarecer ao máximo o assunto possibilita que mais pessoas compreendam os benefícios da doação de órgãos e tecidos na vida de quem aguarda na fila por um transplante”, destacou Rosana da Silva, enfermeira da OPO Santa Casa.

Fale com a Redação