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segunda-feira, 9 de junho, 2025
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Operação investiga quadrilha que usava criptomoeda e pirâmide financeira

Uma operação está sendo desencadeada nesta quinta-feira (09) pela Polícia Federal contra uma quadrilha especializada na captação de recursos para aplicações em criptomoedas. Ao todo, estão sendo cumpridos 28 mandados de busca e apreensão em quatro estados do País, entre esses Mato Grosso do Sul.

Batizada de Operação Trap Coin, estão sendo cumpridos mandados em Campo Grande (MS), Porto Velho (RO), Cacoal (RO), Rolim de Moura (RO), Nova Brasilândia D´Oeste (RO), Artur Nogueira (SP) e Juína (MT). A ação está sendo realizada em conjunto com a Receita Federal e as ordens foram expedidas pela 3ª Vara da Justiça Federal de Brasília (DF).

A investigação começou em 2021, após a PF, em Ji-Paraná (RO), receber informações de que o líder da organização estava baseado em Cacoal. Desde então, foi identificado que a prática estava baseada em um sistema de pirâmide financeira/esquema de Ponzi.

No esquema, o grupo realizava o oferecimento público, principalmente em redes sociais, aberto a qualquer pessoa, de contrato de investimento em criptomoedas, notadamente bitcoins, com promessa de distribuição irreal de lucros e remuneração garantida. O retorno prometido era de 300% em 120 dias, depois modificado para 100% em 21 a 33 dias.

Operação investiga quadrilha que usava criptomoeda e pirâmide financeira
Esquema da operação, segundo foi divulgado pela Receita Federal. (Foto/Divulgação)

Além disso, os golpistas ofereciam bonificação progressiva em casos de indicação de terceiros, sem registro prévio de emissão na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), sem devida autorização da autarquia.

Inicialmente a ação era concentrada apenas na região de Cacoal, mas foi crescendo e se espalhando por outras cidades, estados e até outros países. O grupo chegou até mesmo a criar uma criptomoeda para atrair investimentos.

A Pf disse que a quadrilha já movimentou aproximadamente 996,76 BTC, o que estaria avaliado, na data da última movimentação, em torno de R$ 170 milhões. Todos os investigados tiveram bens bloqueados na ordem de R$ 120.190.102,11.

Todos eles irão responder pela prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, notadamente os de instituição financeira clandestina, gestão fraudulenta/temerária de instituição financeira clandestina e emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio.

Além do crime previsto no artigo 1º da Lei nº 9.613/1998, em diversos eventos distintos de lavagem de capitais, bem como as consequências das condutas praticadas na esfera tributária.

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