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sexta-feira, 27 de junho, 2025
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MS lança ferramenta inteligente para monitorar qualidade da água no Rio Formoso

Uma nova ferramenta desenvolvida pela Agência Estadual de Regulação (Agems), com apoio do Governo de Mato Grosso do Sul, promete reforçar a preservação da bacia do Rio Formoso, em Bonito, um dos principais patrimônios naturais do estado. Utilizando painéis de Business Intelligence (B.I.), a solução permitirá sistematizar e monitorar dados sobre a qualidade da água, com foco na eficiência do tratamento de esgoto e na redução da carga poluente nos recursos hídricos.

A inovação foi apresentada nesta quarta-feira (18), em reunião com representantes da Segov (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica), Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS), Semadesc, Secretaria de Meio Ambiente de Bonito, além do secretário-executivo de Gestão Estratégica e Municipalismo, Thaner Nogueira.

MS lança ferramenta inteligente para monitorar qualidade da água no Rio Formoso

Monitoramento da DBO: indicador-chave de poluição

O sistema dá destaque à Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), indicador que mede a quantidade de matéria orgânica poluente presente na água. Esse dado é essencial para garantir a preservação do Rio Formoso, classificado como recurso hídrico de classe especial, o mais alto nível de preservação ambiental previsto na legislação.

De acordo com a diretora-presidente em exercício da Agems, Rejane Monteiro, o painel inteligente representa um salto na forma como os dados são usados na formulação de políticas públicas. “O trabalho conjunto pode transformar dados em soluções concretas para os desafios da sustentabilidade, fortalecendo a regulação e as políticas públicas”, afirmou.

Base de dados com mais de 3,4 mil amostras

A ferramenta foi construída com base na análise de 3.400 amostras de água, coletadas entre 2013 e 2025, com dados do Imasul e informações complementares fornecidas pela Sanesul, responsável pelo abastecimento de água e esgotamento sanitário em Bonito. O levantamento inclui diversos pontos da bacia do Rio Formoso, abrangendo áreas que recebem efluentes da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).

Segundo a diretora de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos da Agems, Iara Marchioretto, o painel é fruto de uma construção interinstitucional que valoriza o conhecimento técnico e a cooperação para preservar os recursos naturais. “A contribuição técnica da regulação vem para somar aos esforços de cada instituição na definição e execução de políticas socioambientais”, destacou.

Ferramenta poderá ser replicada em outras bacias

Durante a apresentação, os engenheiros da Agems, João Lucas Alves e José Otávio Oliveira, demonstraram o funcionamento da plataforma e os principais indicadores que já estão integrados ao sistema. A ideia é que o painel funcione inicialmente como projeto piloto, com potencial de ser replicado em outras bacias hidrográficas do Estado.

Além de monitorar os dados, a expectativa é que a tecnologia contribua com a transparência da gestão ambiental, com suporte para a tomada de decisões estratégicas, fiscalização e melhoria dos serviços prestados à população.

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