Com suas sedes classificadas como precárias, o 9º Batalhão da Polícia Militar (9º BPM) e o Batalhão de Choque (BPMChoque) deverão ser transferidos para novos endereços, porém, ainda não há data de quando a mudança acontecerá. A situação é acompanhada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), que abriu um inquérito civil para apurar o adequado funcionamento das unidades.
Segundo o órgão estadual, um procedimento administrativo monitorava as condições estruturais das unidades da Polícia Militar em Campo Grande. A partir do relatório, as sedes do 9º BPM e do BPMChoque foram classificadas como “situação precária”.
A preocupação com o BPMChoque, em especial, é antiga, já que, em 2022, moradores de um condomínio localizado no bairro Chácara Cachoeira relataram “graves infortúnios provocados pelo barulho dos cães e pelo manejo de bombas com conteúdo químico”.
Segundo o Ministério, houve tentativas de solucionar a questão, como estudos para a transferência para outras regiões e a criação de uma comissão para estudar a reestruturação das unidades de segurança pública.
Entretanto, os trabalhos desta comissão foram encerrados no ano passado, sob a alegação de desinteresse pelo imóvel pretendido. Desde então, a situação se agravou, com novas reclamações por parte dos moradores do residencial.
O Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gacep) solicitou ao Comando-Geral da PMMS informações detalhadas sobre a situação dos batalhões e confirmou que os projetos de realocação e construção de novas sedes são pautas urgentes.
Apesar disso, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou ao MPMS, recentemente, que não há data prevista para a transferência dos batalhões, seja por construção ou por realocação.
A ausência de planejamento concreto para solucionar o impasse levou o MPMS, sob a coordenação do Promotor de Justiça Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, a instaurar um inquérito civil, buscando assegurar ações efetivas por parte do Estado.
