O longa carregado de promessas chega aos cinemas nesta quinta-feira (10)
Depois de anos marcados por uma sequência de fracassos e um universo cinematográfico desorganizado, a DC finalmente volta a respirar aliviada nas telonas. Coube ao novo filme do Superman, que estreia nesta quinta-feira (11), a missão de inaugurar uma nova era para o estúdio — e, ao que tudo indica, a tarefa foi cumprida com sucesso.
Com direção de James Gunn, também atual CEO da DC Studios, o longa supera as expectativas e entrega uma obra envolvente, equilibrando ação, drama político e efeitos visuais de tirar o fôlego. A nova produção deixa de lado a já conhecida origem do herói e apresenta um Superman já estabelecido em Metrópolis, enfrentando tanto o icônico vilão Lex Luthor quanto críticas da mídia e questionamentos públicos sobre sua atuação como salvador da humanidade.
Uma nova abordagem para um clássico
Diferente de versões anteriores, o novo filme mergulha diretamente em um Superman experiente, mas vulnerável. O roteiro, apesar de recorrer a diálogos expositivos em alguns momentos, permite o aprofundamento de tramas mais densas e atuais, como a manipulação da opinião pública, o papel das redes sociais e até mesmo questões geopolíticas.
Nesse sentido, David Corenswet brilha ao interpretar um Superman multifacetado — doce e firme, mas também inseguro, questionador e humano. O ator dá ao personagem uma profundidade inédita, traduzindo em tela as contradições e pressões de um herói que é, ao mesmo tempo, imigrante e símbolo de esperança.
Já Nicholas Hoult, como Lex Luthor, entrega uma atuação intensa e provocadora. Seu vilão é vingativo, manipulador e calculista, se tornando um contraponto perfeito à moralidade do protagonista. Ao seu lado, Rachel Brosnahan também se destaca como uma Lois Lane inteligente, corajosa e carismática, oferecendo uma performance que resgata traços clássicos da personagem, sem perder frescor e originalidade.
Política, emoção e até um cão-herói
O ponto alto da trama, segundo críticos, está no debate político e social que percorre o enredo. O filme coloca Superman como figura central em conflitos que lembram os do Oriente Médio, explorando sua relação com fronteiras, soberania e responsabilidade internacional — tudo isso com forte influência da mídia e do julgamento público.
Outro destaque surpreendente é Krypto, o cão do herói, que vai além do alívio cômico e assume papel importante na narrativa. A conexão emocional com o público é imediata, rendendo cenas tocantes e memoráveis.
Visual deslumbrante e futuro promissor
Com uma fotografia impactante e efeitos visuais de alto nível, Superman entrega um espetáculo cinematográfico digno dos grandes blockbusters. A produção também aposta em participações pontuais de outros heróis da DC, sugerindo um novo universo compartilhado — mais coeso e promissor.
James Gunn acerta em cheio no tom e na proposta do filme, oferecendo um recomeço digno para a DC. Depois de anos dominados pela Marvel, os fãs de super-heróis finalmente veem um rival à altura despontar nas telonas.
Com emoção, ação, crítica social e personagens bem desenvolvidos, Superman inaugura uma fase mais madura e ambiciosa para o estúdio. E, desta vez, parece que o voo do Homem de Aço está só começando — rumo ao topo.