A Operação Prolepse, inspirada no termo grego que significa “antecipação”, tem mostrado resultados expressivos na prevenção de incêndios florestais em Mato Grosso do Sul. Com foco em áreas de risco, a ação da Polícia Militar Ambiental (PMA) tem diminuído significativamente o número de queimadas, sobretudo em regiões críticas como Águas de Miranda, distrito de Bonito.
No local, onde em 2024 houve grande incidência de incêndios, não foram registrados focos em 2025. Até junho deste ano, 275 propriedades foram visitadas, quase o mesmo número do ano anterior, mas com qualidade e abordagem aprimoradas. O produtor rural Ricardo Batista da Silveira destaca a importância do trabalho educativo da PMA, que orientou os moradores sobre manejo adequado do solo e prevenção dos incêndios, aumentando a segurança e a consciência ambiental.
A operação ocorre o ano todo, com intensificação entre maio e outubro, período crítico para queimadas. São 26 subunidades distribuídas pelo estado, cada uma com meta de pelo menos sete visitas mensais. O uso de tecnologia, como imagens de satélite e sistemas de georreferenciamento, ajuda a identificar focos de calor e direcionar as ações.
A Operação Prolepse atua em três frentes principais: educação e conscientização, regularização ambiental e integração comunitária. Durante as visitas, os policiais ambientais verificam práticas preventivas e orientam sobre adequações legais, além de fortalecer redes locais de apoio.
Além da prevenção, a PMA desenvolve projetos educativos como o Florestinha, voltado para crianças e adolescentes, que promove a cidadania e o respeito ao meio ambiente.
Com ações permanentes e coordenadas, a Operação Prolepse consolida-se como política pública fundamental para a proteção dos biomas do estado, reduzindo queimadas e incentivando uma cultura de responsabilidade ambiental no campo.