A tradicional Escola Estadual Amando de Oliveira, localizada na Avenida Manoel da Costa Lima, na Vila Piratininga, em Campo Grande, passou por uma transformação que vai além da estrutura física. Com mais de 50 anos de história, a unidade foi totalmente reformada e agora ostenta, no topo do telhado, placas solares que representam o compromisso do Governo do Estado com a modernização, sustentabilidade e economia de recursos na educação pública.
Ao chegar para mais um dia de trabalho, o diretor Henrique Manoel Ramos se deparou com a nova realidade da escola. “Quando a unidade completou 50 anos, a reforma foi finalizada. Fomos contemplados com várias melhorias, como a instalação das placas solares. Isso mostra a preocupação com a sustentabilidade e a economia. Também recebemos gás encanado e outras adaptações que nos colocam dentro de uma nova realidade”, destaca o gestor.
A Escola Amando de Oliveira atende 460 alunos em tempo integral e integra um grupo de 40 escolas estaduais em 19 municípios que receberam placas solares por meio da reestruturação promovida pela SED (Secretaria de Estado de Educação). A iniciativa é parte de um investimento de quase R$ 5 milhões, realizado desde 2023, para tornar as escolas mais eficientes e alinhadas com práticas sustentáveis.
Segundo o secretário estadual de Educação, Hélio Daher, o foco é oferecer ambientes modernos e acolhedores. “Buscamos promover escolas mais sustentáveis, observando o contexto de cada unidade. Antes, a energia solar era comum apenas em zonas rurais. Agora, levamos essa tecnologia também para escolas urbanas, reduzindo custos e fortalecendo a consciência ambiental”, explicou.
PPP de energia limpa amplia alcance sustentável
A modernização das escolas também é impulsionada por uma Parceria Público-Privada (PPP) de energia solar fotovoltaica, coordenada pela SAD (Secretaria de Estado de Administração). Desde dezembro de 2024, com o início da compensação energética, 183 escolas estaduais já registraram uma redução média de 40% nas contas de luz. A energia é gerada por usinas instaladas em cidades do interior, como Iguatemi e Mundo Novo, com outras unidades em construção em Nova Andradina, Rochedo e Corguinho.
Quando estiver plenamente em funcionamento, o sistema terá capacidade para produzir mais de 25 mil MWh por ano — o suficiente para abastecer 1.400 prédios públicos estaduais. A expectativa é alcançar 30% de economia nas contas de energia, permitindo que os recursos economizados sejam redirecionados a outras áreas prioritárias do governo.
Gerenciada pela SAD desde outubro de 2024, a PPP tem duração de 23 anos e é operada pela empresa HCC Energia Solar. A meta para 2025 é conectar 100% dos prédios públicos estaduais elegíveis ao sistema, consolidando o Mato Grosso do Sul como referência nacional em sustentabilidade e gestão energética.
Educação como vitrine da transição energética
Para o secretário de Administração, Frederico Felini, o setor educacional tem sido protagonista nesse processo. “Mais de 183 prédios públicos, principalmente escolas, já utilizam energia limpa no Estado. Nosso compromisso vai além da economia: é com a sustentabilidade e a eficiência no serviço público. Esperamos conectar até o fim do ano mais de 800 prédios às cinco fazendas fotovoltaicas em operação”, pontuou.
O exemplo da Escola Amando de Oliveira evidencia que a transformação vai muito além da aparência. Representa uma nova mentalidade, onde tecnologia, educação e sustentabilidade caminham juntas para formar uma geração mais consciente e preparada para os desafios do futuro.
