Um asteroide com aproximadamente 64 metros de comprimento, batizado como 2025 OW, fará uma passagem próxima da Terra nesta segunda-feira (28), de acordo com a NASA, a agência espacial dos Estados Unidos. Apesar da aproximação, os cientistas garantem que não há qualquer risco de colisão com o planeta.
O corpo celeste, que possui dimensões comparáveis às de um avião comercial, passará a cerca de 630 mil quilômetros da Terra — distância equivalente a 1,6 vez o espaço entre a Terra e a Lua. Viajando a mais de 75 mil km/h, o 2025 OW está sendo monitorado pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA.
Segundo Ian J. O’Neill, especialista do JPL, esse tipo de evento é absolutamente comum. “Isso é muito rotineiro. Se houvesse uma ameaça real, vocês saberiam por nós. Sempre publicamos alertas em nosso blog de defesa planetária”, declarou ele à ABC News.
Monitoramento constante
A NASA, por meio do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS), acompanha semanalmente diversos asteroides que cruzam a vizinhança do planeta. Segundo Davide Farnocchia, pesquisador do CNEOS, “aproximações como essa acontecem o tempo todo — é parte natural da estrutura do sistema solar”.
Ainda de acordo com Farnocchia, os cientistas têm total controle sobre a órbita do 2025 OW. “Sabemos exatamente onde ele estará. Provavelmente saberemos onde ele estará pelos próximos 100 anos”, afirmou.
Estima-se que um asteroide com essas dimensões só colida com a Terra uma vez a cada 10 mil anos. Diariamente, no entanto, o planeta é atingido por até 100 toneladas de material espacial, como poeira e fragmentos minúsculos, que se desintegram na atmosfera.
Visibilidade e próximos eventos
Apesar do interesse que o 2025 OW pode despertar, o asteroide não será visível a olho nu, nem mesmo com o auxílio de binóculos comuns. Para os entusiastas da astronomia, no entanto, um evento ainda mais raro está previsto para abril de 2029, quando o asteroide Apophis, com 335 metros de diâmetro, chegará a apenas 38 mil km da Terra — mais próximo do que muitos satélites geoestacionários. Esse sim poderá ser visto sem instrumentos, em uma ocasião considerada única.
Enquanto isso, os especialistas seguem monitorando o espaço com alta precisão, como parte dos protocolos do programa de defesa planetária da NASA, que acompanha potenciais ameaças e garante transparência sobre riscos reais de colisões.