As manifestações convocadas para este domingo (3) em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e contra o ministro do STF Alexandre de Moraes devem ganhar grande impulso em Mato Grosso do Sul, após as sanções econômicas dos Estados Unidos contra o Brasil, anunciadas na última quarta-feira (30). No estado, diversos atos estão organizados para mobilizar apoiadores da direita em defesa das liberdades individuais e contra as medidas cautelares impostas ao ex-presidente.
Em Campo Grande, o deputado estadual Coronel David (PL) lidera um buzinaço na Praça do Rádio Clube, a partir das 10h, que integra o movimento nacional “Reaja Brasil”. Já em Dourados, uma grande carreata está marcada para as 14h na Avenida Marcelino Pires, reunindo setores variados da sociedade local.
Outro destaque da mobilização sul-mato-grossense é a motociata pela democracia organizada pelo ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB). A concentração das motos ocorrerá às 9h30 no Buffet Yotedy, na Rua Antônio Maria Coelho, em Campo Grande. A largada está prevista para as 10h, com um percurso de 30 km que inclui pontos importantes da cidade, como o Parque dos Poderes, Avenida Afonso Pena e Duque de Caxias, finalizando nos Altos da Afonso Pena por volta das 11h30.
Sanções dos EUA e contexto das manifestações
As mobilizações em Mato Grosso do Sul e em todo o país foram impulsionadas pelas sanções aplicadas pelo governo americano, que incluiu o ministro Alexandre de Moraes na lista da Lei Magnitsky — medida que bloqueia bens e contas, além de impedir a entrada nos EUA. A decisão americana ocorre em meio ao processo no qual Bolsonaro é réu, e às medidas cautelares impostas a ele pelo STF, motivando a convocação das manifestações em defesa do ex-presidente.
Apoio e críticas locais
Em MS, o discurso dos organizadores reforça a defesa das liberdades individuais, a democracia e o repúdio às restrições contra Bolsonaro, especialmente as determinadas pelo ministro Moraes. As ações locais fazem parte de um movimento nacional que também cobra o impeachment do ministro.
Enquanto alguns aliados do ex-presidente não devem comparecer, como o governador Tarcísio de Freitas (SP), que realizará um procedimento cirúrgico na data, o cenário sul-mato-grossense mostra ampla mobilização.