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sábado, 9 de agosto, 2025
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Morre o sambista Arlindo Cruz, um dos grandes nomes da música brasileira

O sambista Arlindo Cruz, de 66 anos, morreu nesta sexta-feira (08) no hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela esposa dele, Babi Cruz.

O cantor tinha a saúde debilitada de 2017, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. Desde então, passou por várias internações.

Arlindo Cruz foi um dos grandes pilares do samba e pagode brasileiros: compositor prolífico, instrumentista virtuoso, voz marcante, e figura influente na evolução do gênero. Sua discografia sólida e sucessos radiofônicos garantem seu legado eterno.

Segundo o site oficial, ele acumula mais de 550 músicas gravadas por vários artistas. Nos anos 90, ele se dedicou ainda às eliminatórias de sambas enredos do Império Serrano, sua escola de coração.

Arlindo Cruz

Morre o sambista Arlindo Cruz, um dos grandes nomes da música brasileira
Foto: Instagram/Arlindo Cruz

Arlindo Domingos da Cruz Filho nasceu em 14 de setembro de 1958, no Rio de Janeiro, e faleceu em 8 de agosto de 2025 aos 66 anos. Desde muito jovem, dedicou-se ao samba: recebeu seu primeiro cavaquinho dos pais aos 7 anos e, aos 12, já tocava de ouvido e estudava violão clássico na escola Flor do Méier.

Iniciou sua trajetória nas rodas de samba do Cacique de Ramos, ao lado de grandes nomes como Jorge Aragão e Almir Guineto, e teve suas primeiras composições gravadas em 1981. Em seguida, integrou o influente grupo Fundo de Quintal, onde permaneceu por 12 anos e gravou álbuns clássicos do samba.

Após deixar o grupo em 1993, iniciou carreira solo de sucesso, incluindo projetos ao vivo, colaborações com Sombrinha e seu filho Arlindinho. Em 2017, foi o último trabalho “2 Arlindos”, com Arlindinho, antes do AVC hemorrágico que interrompeu sua carreira. Ao longo da vida, recebeu diversos prêmios, incluindo prêmios da Música Brasileira e indicações ao Grammy Latino.

Discografia

Solo

  • Arlindinho (1993)
  • Pagode do Arlindo (2003)
  • Sambista Perfeito (2007)
  • MTV ao Vivo: Arlindo Cruz (2009) – álbum ao vivo com repertório rico, incluindo “O Show Tem Que Continuar”, “Meu Lugar”, “Saudade Louca” e outros sucessos
  • Batuques e Romances (2011
  • Batuques do Meu Lugar (2012) – ao vivo no Terreirão do Samba
  • Herança Popular (2014)
  • Na Veia (com Rogê, 2015) – indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode
  • 2 Arlindos (com Arlindinho, 2017)

Com Sombrinha

  • Da Música (1996)
  • Samba é nossa cara (1997)
  • Pra ser Feliz (1998)
  • Ao Vivo (2000)
  • Hoje Tem Samba (2002)

Com Fundo de Quintal

  • Samba é No Fundo de Quintal Vol. 2 (1981)
  • Nos Pagodes da Vida (1983)
  • Seja Sambista Também (1984)
  • Divina Luz (1985)
  • O Mapa da Mina (1986)
  • Do Fundo do Nosso Quintal (1987)
  • O Show Tem Que Continuar (1988)
  • Ciranda do Povo (1989)
  • É Aí Que Quebra a Rocha (1991)

Maiores sucessos

Segundo levantamento do ECAD, as 10 músicas de autoria de Arlindo Cruz mais tocadas na última década incluem:

  1. “O Show Tem que Continuar”
  2. “Meu Lugar”
  3. “Samba de Arerê”
  4. “Agora Viu Que Perdeu e Chora”
  5. “O Que É o Amor”
  6. “O Bem”
  7. “A Pureza da Flor”
  8. “Bagaço da Laranja”
  9. “Será Que É Amor”
  10. “Camarão Que Dorme a Onda Leva”

As mais regravadas são:

  • “O Show Tem que Continuar”
  • “Samba de Arerê”
  • “Saudade Louca”
  • “Meu Lugar”
  • “Ainda É Tempo Pra Ser Feliz”

Outros hits marcantes: “Bagaço da Laranja”, “Camarão Que Dorme a Onda Leva”.

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