A tradicional chuva de meteoros Perseidas atingirá sua máxima atividade na noite entre 12 e 13 de agosto de 2025, com condições razoáveis para observação, especialmente na região Norte do Brasil. O fenômeno é esperado anualmente entre 17 de julho e 23 de agosto, conforme explica o astrônomo Dr. Marcelo De Cicco, coordenador do Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional (ON/MCTI).
No entanto, na noite do pico, a Lua estará 84% cheia, o que comprometerá a visualização da chuva em sua plenitude, permitindo que sejam vistos apenas os meteoros mais brilhantes. “A melhor hora para observar será durante a madrugada, a partir das 3 horas, aproximadamente, dependendo da região. Quanto mais ao Sul, mais tarde será a visibilidade, mas a Lua vai atrapalhar a observação”, ressalta De Cicco.
As Perseidas são resultado da passagem da Terra através dos detritos deixados pelo cometa Swift-Tuttle, que passou próximo do nosso planeta pela última vez em 1992. A próxima aproximação está prevista para 2126, quando poderá ser visto a olho nu. O ponto de onde parecem irradiar os meteoros — chamado de radiante — está localizado na constelação de Perseu, embora essa constelação não seja a origem dos meteoros.
No Hemisfério Norte, sob condições ideais, é possível observar entre 50 e 75 meteoros por hora no pico da chuva. Já no Hemisfério Sul, a observação é mais limitada, principalmente por causa do brilho lunar.
Como observar as Perseidas
Para uma boa visualização das chuvas de meteoros, recomenda-se estar em locais com pouca poluição luminosa, longe das grandes cidades. É importante apagar as luzes próximas e garantir que o céu esteja limpo.
As chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra atravessa zonas de detritos deixadas por cometas. Esses fragmentos, chamados meteoroides, entram na atmosfera terrestre em alta velocidade, causando o fenômeno luminoso conhecido como meteoro ou “estrela cadente”. A maioria desses fragmentos é pequena e queima rapidamente, formando os rastros brilhantes.
Além do encanto visual, o estudo das chuvas de meteoros ajuda cientistas a estimar a quantidade e o período de maior entrada de detritos no planeta, auxiliando na proteção de satélites e naves espaciais. Também contribui para a compreensão da formação do Sistema Solar, a partir das características dos cometas que originam esses fragmentos.
