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domingo, 10 de agosto, 2025
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Após ataque de onça a cães em Corumbá mobiliza força-tarefa ambiental

Depois do episódio em que uma onça-pintada atacou dois cães no bairro Generoso, em Corumbá — a 450 km de Campo Grande — na noite da última quarta-feira (6), equipes ambientais intensificaram o monitoramento e as ações de prevenção na região do Mirante da Capivara. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) coordena as operações, avaliando o caso e acompanhando a movimentação do felino, que já vinha sendo observado há alguns meses.

Segundo o Ibama, o ataque mais recente reforça que o animal voltou a se aproximar de áreas residenciais, possivelmente atraído por animais domésticos. Técnicos apuram se há mais de um exemplar circulando e mapeiam pontos de risco, especialmente nas margens do rio, onde a onça foi vista nas últimas semanas.

A força-tarefa conta com apoio da Polícia Militar Ambiental, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fundação de Meio Ambiente do Pantanal e Instituto Homem Pantaneiro (IHP). Além do rastreamento, as instituições ampliaram campanhas de educação ambiental, orientando moradores sobre como agir em caso de avistamento e reforçando a importância da preservação da fauna silvestre.

Especialistas apontam que a presença de onças em áreas urbanas pode estar ligada a períodos de cheia ou incêndios, que reduzem alimento e abrigo no habitat natural. Nessas condições, os felinos podem migrar para regiões habitadas em busca de presas.

O morador Valdinei da Silva Pereira, 57 anos, foi atendido pelo Corpo de Bombeiros após tentar proteger seus cães com um pedaço de madeira. Apesar de ferimentos no rosto, ele esclareceu que não foi mordido ou arranhado pelo animal, que atacou apenas os cães. Valdinei já havia perdido outros dois animais de estimação para ataques semelhantes desde o início do ano.

As autoridades orientam que, ao avistar uma onça, a população mantenha distância, evite fotografar ou filmar e acione imediatamente a Polícia Militar Ambiental pelo telefone (67) 99266-4052. Em caso de proximidade, a recomendação é manter a calma, não correr e recuar lentamente, sem virar de costas para o felino. Portas e portões devem permanecer fechados à noite e nunca se deve tentar enfrentar ou cercar o animal, para evitar riscos tanto à comunidade quanto ao próprio felino.

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