O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, anunciou nesta segunda-feira (18) sua saída do PSDB e oficializará sua filiação ao Partido Progressista (PP) nesta terça-feira (19), em Brasília. A decisão marca o esvaziamento do PSDB, que após eleger três governadores em 2022, ficará sem representação no comando de Executivos estaduais.
Riedel se reuniu com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, em um almoço de despedida, onde foi informado de que as portas da legenda permanecem abertas para um eventual retorno. Apesar disso, o governador optou pelo PP, partido que considera mais estruturado para abrigar seu grupo político no estado e viabilizar projetos de reeleição em 2026.
A filiação será formalizada em Brasília com a presença do presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, da vice-presidente Tereza Cristina — aliada histórica de Riedel em Mato Grosso do Sul — e do dirigente estadual Marco Aurélio Santullo. O governador avaliou também propostas do PSD, de Gilberto Kassab, e do PL, mas a proximidade política com Tereza Cristina pesou na decisão final.
Com a chegada de Riedel, o PP passa a ocupar posições estratégicas no estado, incluindo o governo estadual, a prefeitura de Campo Grande, um senador e um deputado federal. A expectativa é que mais de dez prefeitos se juntem ao partido, consolidando-o como uma das principais forças políticas de Mato Grosso do Sul.
O movimento faz parte de uma série de mudanças no PSDB, que já perdeu os governadores Raquel Lyra (PE) e Eduardo Leite (RS) para o PSD. Além de Riedel, o ex-governador Reinaldo Azambuja também deve deixar a legenda, avaliando opções entre PL e PSD, especialmente com vistas à disputa por uma das vagas ao Senado em 2026.
Especialistas destacam que a migração de Riedel fortalece o PP localmente e aumenta a unidade da base política que apoia o governador, criando um cenário favorável para seu segundo mandato.
