Uma homenagem especial ao compositor Paulo Simões marcou a solenidade em comemoração aos 126 anos de Campo Grande, realizada na noite desta quinta-feira (21), pela Câmara Municipal de Vereadores. O evento aconteceu no Centro de Convenções “Rubens Gil de Camillo”.
Simões recebeu dos vereadores a Medalha Destaques da Década de Reconhecimento “Juvêncio César da Fonseca”, em reconhecimento aos 50 anos da composição de “Trem do Pantanal”, música símbolo de nosso Estado e que contribuiu para a divulgação cultural do Município de Campo Grande e do Estado de Mato Grosso do Sul. A honraria foi entregue pelo vereador Epaminondas Neto, o Papy, presidente da Casa de Leis.
A comenda foi outorgada pelo Decreto Legislativo n. 3.400/25, de autoria da Mesa Diretora, e é concedida a personalidades “em reconhecimento aos notáveis serviços prestados pelo homenageado no âmbito da cultura, à sua contribuição significativa para o desenvolvimento de Campo Grande e do Estado de Mato Grosso do Sul e ao seu destaque em sua área de atuação”, conforme o texto do Decreto.
De acordo com Paulo Simões, “esta é uma ocasião muito especial na minha vida, receber esta honraria, também em nome do meu parceiro Geraldo Roca. É uma homenagem muito especial para mim, por vários motivos. Um deles, meu pai ter sido vereador de Campo Grande por dois mandatos e presidente da Câmara. Então essa lembrança do meu nome vem me deixar duplamente orgulhoso, pela homenagem em si e pelo fato de ter deixado meus antepassados orgulhosos pelo trabalho que eu venho feito”, afirmou.
Para o presidente da Casa de Leis, vereador Papy, “a Câmara de Vereadores tem a honra de homenagear este grande compositor do nosso Estado, em reconhecimento aos 50 anos dessa composição que embala a história do Mato Grosso do Sul e da nossa querida Capital”, ressaltou.
Ainda durante a solenidade, ao lado de Gilson Espíndola, Paulo Simões abrilhantou a noite com uma apresentação ao vivo das músicas “Trem do Pantanal” e “Comitiva Esperança” para todos os presentes.
Sobre o homenageado
Carioca criado em Campo Grande por raízes familiares, Paulo Simões tem canções popularizadas por intérpretes de variados matizes, como o parceiro Almir Sater, Renato Teixeira, Sandy e Junior, Sergio Reis, Maria Bethânia, Ivan Lins ou Michel Teló, entre muitos outros.
A discografia de Paulo Simões soma um compacto, um LP e cinco CDs individuais, uma coletânea e várias participações em discos coletivos. Inclui ainda mais dois CDs de grande aceitação com o Chalana de Prata, que divide com Celito Espíndola, Dino Rocha e Guilherme Rondon, nomes de peso na música do MS, e mais dois CDs do projeto Violas Pantaneiras, ao lado de João Ormond.
Sua carreira é pontuada por diversas premiações, entre elas o Prêmio Sharp de Música Brasileira com a canção Paiaguás, parceria com Guilheme Rondon (1998) e uma indicação para o Grammy Latino de 2016, na categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa, com D de Destino, parceria com Almir Sater e Renato Teixeira.
Em 2024, ao lado de João Ormond, foi convidado a apresentar-se nas prestigiosas Universidade de Girona, Universidade de Barcelona, Universidade Autônoma de Barcelona, e no Consulado Brasileiro daquela cidade, numa promoção conjunta com o IGR (Instituto Guimarães Rosa). Realizaram ainda um show com entrada franca, na feira popular da Boqueria, a mais conhecida e afamada da capital da Catalunha.
No momento, prepara uma tour por várias cidades brasileiras em comemoração dos 50 Anos da Canção Trem do Pantanal, uma composição sua com Geraldo Roca, que faleceu em 2015.