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sexta-feira, 22 de agosto, 2025
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Abatedouro clandestino no bairro Parque do lageado pintava aves para serem vendidas como ‘galinhas caipiras’

Um abatedouro clandestino de frangos foi fechado pela Decon (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes contra as Relações de Consumo) nessa sexta-feira (22), em Campo Grande.

Segundo a ocorrência, após denúncias anônimas, a fiscalização esteve no imóvel, localizado na Rua Arthur Pereira, no bairro Parque do Lageado, onde prendeu uma pessoa realizando o abate de uma ave sem qualquer tipo de higienização.

O abatedouro funcionava em uma área invadida, fora das normas sanitárias. Foram encontrados diversos pedaços de galinhas abatidas em tonéis cheios de água e em cima de uma espécie de balcão, com sujeiras e moscas.

A fiscalização apontou que o local não tinha qualquer tipo de espaço adequado para descarte de restos dos animais abatidos, o que representava grave risco à saúde do consumidor, já que os produtos seriam comercializados sem inspeção.

Abatedouro clandestino no bairro Parque do lageado pintava aves para serem vendidas como 'galinhas caipiras'
Foto: PCMS

O homem preso detalhou que recebia as aves em caixotes, que ficavam no local até o abate. Outra pessoa passava para buscar as aves e levar para ser aplicava um tipo de corante, a fim de que fossem vendidas como ‘galinhas caipiras’.

No local, foram apreendidas 40 aves já abatidas e outras 90 ainda vivas e presas, prontas para o abate. A ação foi realizada em conjunto com fiscais da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO) e da Vigilância Sanitária Municipal.

“Aqui, dá para ver que elas [galinhas] estão já encarceradas há muito tempo, não só aqui. Então, provavelmente, esse desvio, ele vem já de antes”, disse Luana Basaglia, representante do SIM (Serviço de Inspeção Municipal).

Abatedouro clandestino no bairro Parque do lageado pintava aves para serem vendidas como 'galinhas caipiras'
Foto: PCMS

“As galinhas estão sem pele, algumas estão até queimadas. Eu acho que elas ficavam do lado do fogãozinho ali que fazia a depenagem”, disse Luana, que alertou para doenças que podem ser transmitidas com este tipo de abate sem inspeção. 

Ainda segundo a Decon, as investigações prosseguem para identificar o responsável pelo abatedouro e a rede de distribuição, incluindo os comerciantes que estariam colocando os produtos à venda sem o SIM.

O homem preso no local será indiciado pelos crimes contra as relações de consumo. A pena prevista varia de dois a cinco anos de detenção, sem possibilidade de fiança nesta fase. Uma segunda pessoa que trabalhava no local conseguiu fugir e não foi encontrado.

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