Na próxima terça-feira (26), Campo Grande celebra mais um aniversário reafirmando o título de uma das capitais brasileiras com melhor qualidade de vida. Mas, em meio a parques, praças esportivas e ruas arborizadas, cresce uma reflexão: esse bem-estar também contempla os animais de estimação que fazem parte da rotina das famílias?
Os números indicam a importância do tema. De acordo com o censo de 2023, a Capital possui 287.768 pets, entre cães e gatos – um aumento de 39,25% em relação a 2015. A presença cada vez maior dos animais no dia a dia dos campo-grandenses impulsiona a necessidade de espaços adequados para convivência e lazer.
Regras em parques e espaços públicos
Segundo a Fundação Municipal de Esporte (Funesp), a entrada de cães em parques e praças está regulamentada pela Portaria nº 02/2022. O acesso é permitido mediante o uso de guia, vacinação em dia e acompanhamento de tutores maiores de 18 anos.
Raças como Pit Bull, Rottweiler, Dobermann e Mastim Napolitano também podem frequentar, desde que utilizem enforcador e focinheira. Há, porém, restrições: os cães não podem circular em campos gramados, quadras, arenas de areia, pistas de atletismo e parquinhos infantis. Outro ponto essencial é a obrigatoriedade de recolhimento dos dejetos pelo tutor.
Adaptação dos shoppings
Os shoppings da cidade também se adequaram à presença dos pets. Cada centro comercial adota regras próprias: alguns liberam apenas cães de pequeno porte, outros exigem transporte em bolsas ou guias curtas. Há, ainda, empreendimentos que oferecem pontos de hidratação e áreas de descanso, acompanhando uma tendência nacional de tornar os espaços mais inclusivos e “pet friendly”.
Bom senso e vacinação em dia
Especialistas reforçam que a convivência segura depende não apenas das normas, mas do bom senso dos tutores. Animais agressivos ou com medo excessivo devem passear sempre com coleira, guia e, se necessário, focinheira. Já para filhotes ou cães mais tímidos, a recomendação é evitar locais movimentados até que o esquema vacinal esteja completo.
“Manter o cão na guia, cuidar da vacinação e observar o comportamento do animal são atitudes que evitam problemas de saúde e de convivência. É o bom senso do tutor que garante a segurança de todos”, explica Iandara Schettert Silva, coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Estácio Campo Grande.
Vacinas como a antirrábica anual e a polivalente – que protege contra cinomose, hepatite infecciosa canina, parvovirose e leptospirose – são fundamentais para a utilização responsável dos espaços públicos.