O ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, oficializará sua filiação ao Partido Liberal (PL) no dia 12 de setembro, em evento marcado para as 16h na Associação Nipo-Brasileira, na Avenida Ministro João Arinos. O ato contará com a presença do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, e do presidente estadual, Aparecido Portela.
O evento terá caráter festivo e marcará também a entrada de lideranças políticas que acompanharão Azambuja na transição partidária. Além de reforçar a base do PL no Estado, a movimentação prepara a sigla, ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, para as eleições de 2026 em Mato Grosso do Sul.
Depois de quase 30 anos no PSDB, partido pelo qual construiu sua trajetória política e presidia o diretório estadual, Azambuja deixa claro que não pretende enfraquecer a legenda tucana, que segue como uma das principais forças políticas do Estado, com ampla representação em prefeituras e câmaras legislativas.
Com a filiação ao PL, o ex-governador deve assumir também a presidência estadual da legenda, coordenando estratégias eleitorais e consolidando alianças para o pleito de 2026. Além disso, Azambuja é pré-candidato ao Senado Federal, sendo a principal aposta do partido para o pleito, que terá duas vagas em disputa.
A movimentação política começou em julho de 2025, quando Azambuja se reuniu em Brasília com lideranças nacionais do PL, incluindo o senador Rogério Marinho. Na ocasião, ele afirmou que a mudança seria pautada pelo objetivo de “somar e multiplicar”, fortalecendo o PL sem enfraquecer o PSDB.
O ingresso do ex-governador no PL provoca repercussões na política estadual. Setores da legenda ligados a uma linha mais bolsonarista demonstraram desconforto com a chegada de um histórico tucano. Ao mesmo tempo, parlamentares do PL, como João Henrique Catan, avaliam que a extrema-direita precisa ter um candidato próprio, situação que o PL não deve atender, mantendo apoio à reeleição do governador Eduardo Riedel.
Com a mudança, o PL tem a perspectiva de ampliar sua bancada na Assembleia Legislativa, atraindo deputados, prefeitos e vereadores, o que pode reconfigurar o cenário político em Mato Grosso do Sul.
