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terça-feira, 9 de setembro, 2025
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EUA prometem “medidas cabíveis” em defesa da liberdade no Brasil, diz subsecretário

O subsecretário de Diplomacia Pública dos Estados Unidos, Darren Beattie, afirmou nesta segunda-feira (8) que o governo norte-americano continuará a “tomar medidas cabíveis” para garantir “liberdade e justiça” aos brasileiros.

A declaração foi feita nas redes sociais, em referência ao 7 de Setembro, Dia da Independência, e mencionou diretamente o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.

“Foi um lembrete do nosso compromisso de apoiar o povo brasileiro que busca preservar os valores da liberdade e da justiça. Para o ministro Alexandre de Moraes e os indivíduos cujos abusos de autoridade têm minado essas liberdades fundamentais – continuaremos a tomar as medidas apropriadas”, escreveu Beattie.

O subsecretário não detalhou quais seriam as ações. No entanto, recentemente, os EUA já aplicaram sanções econômicas a Moraes com base na Lei Magnitsky, além de suspenderem vistos de autoridades brasileiras. Também houve a imposição de um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, medida anunciada pelo presidente Donald Trump.

Trump tem defendido publicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), investigado no processo que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O republicano afirmou que o aliado brasileiro é vítima de “caça às bruxas” e estaria sendo perseguido politicamente.

O julgamento de Bolsonaro, relatado por Moraes, deve ser concluído na próxima sexta-feira (12). O ex-presidente pode ser condenado a até 43 anos de prisão caso receba a pena máxima. Atualmente, ele cumpre prisão domiciliar, determinada em 4 de agosto, por suspeita de interferir no processo judicial e descumprir medidas cautelares.

Críticas recorrentes

Beattie tem feito críticas constantes ao magistrado brasileiro. Em julho, chamou Moraes de “coração pulsante do complexo de perseguição e censura contra Jair Bolsonaro” e afirmou que o ministro teria “cerceado a liberdade de expressão nos Estados Unidos”.

Na ocasião, a mensagem também foi compartilhada pela embaixada dos EUA no Brasil, reforçando a posição oficial de Washington sobre o tema.

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