Todo poeta é um mendigo. Pede para ver a sua musa inspiradora mesmo que por breves cinco minutos ou, no desespero, clama por uma simples foto, ainda que enviada na exclusividade do direct de uma rede social qualquer.
O poeta enxerga o mundo diferente. Vai da simplicidade de uma folha despencando do galho seco de uma árvore no meio da rotatória de uma avenida de trânsito intenso até na moça que lhe vem vender bombons no terminal em uma noite quente de setembro.
É caminhar na solidão de uma rima. É se iludir com o impossível. É viver a história real de uma paixão inventada. Ser poeta é um castigo dado por Deus aos pecadores de vidas passadas.
Para essa estranha raça de humanos, tudo vira motivo para uma escrita, tudo é tema para uma poesia. São como pintores, retratistas do cotidiano. Seus olhos funcionam como lentes de uma máquina fotográfica, piscando fleches, revelando imagens em palavras.
Sorte daquelas que têm o sorriso eternizado nos versos de uma modesta trova. Ser poeta é um privilégio de poucos, disponível para todos que têm a coragem de gritar os seus sentimentos ao desconhecido.
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