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domingo, 14 de setembro, 2025
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Sepse causa 32 mortes de bebês em Mato Grosso do Sul em um ano

O Dia Mundial de Prevenção da Sepse, lembrado ontem (13), reforça a atenção para uma das principais causas de morte evitável em hospitais. Em Mato Grosso do Sul, dados preliminares da Secretaria Estadual de Saúde (SES) apontam que, em 2024, 32 recém-nascidos morreram em decorrência da doença, entre um total de 498 óbitos infantis no Estado.

A sepse é uma reação extrema do organismo a uma infecção — causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas — que pode evoluir rapidamente para a falência de órgãos e levar à morte em poucas horas. O diagnóstico precoce e o tratamento imediato são fundamentais para salvar vidas.

Segundo a Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP), recém-nascidos e crianças estão entre os grupos mais vulneráveis. No Brasil, dados preliminares do Ministério da Saúde indicam que, em 2024, houve 7,7 mil atendimentos por sepse em recém-nascidos e 9,8 mil em crianças, com registro de 2,7 mil mortes infantis.

O cenário global também preocupa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em 2020, ocorreram 48,9 milhões de casos de sepse no mundo, com 11 milhões de mortes — o equivalente a 20% de todos os óbitos registrados naquele ano. Quase metade dos casos foi em crianças com menos de cinco anos.

Entre os sintomas em recém-nascidos estão instabilidade da temperatura corporal, apatia, irritabilidade, dificuldade para se alimentar, pele fria ou manchada e sinais de má circulação. Nas crianças maiores, os principais sinais incluem febre alta, vômitos, diarreia persistente, respiração acelerada, tontura e confusão mental.

As formas de prevenção incluem higienização frequente das mãos, vacinação em dia, diagnóstico rápido de infecções, saneamento básico e acesso à água potável.

Para a infectologista Claudia Vidal, membro da SOBRASP, a doença pode ser combatida com medidas simples. “O diagnóstico precoce e o manejo adequado são decisivos para reduzir a mortalidade. A identificação e o tratamento da sepse fazem parte das estratégias de segurança do paciente em todo o país“, destacou.

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