Uma confusão em uma área conhecida como ‘Favela do Quadrado’, no bairro Nossa Senhora das Graças, em Campo Grande, resultou na destruição de um casa por incêndio. O conflito envolveu um grupo de pessoas que decidiram ‘fazer a justiça com as próprias mãos’ contra um morador, apelidado de Poconé, apontado como autor de uma série de estupros de vulneráveis na região.
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros atenderam a ocorrência, durante a noite de terça-feira (17). As informações oficiais indicam que uma criança de seis anos teria sido estuprada pelo sujeito em data não confirmada, o fato foi constatado pela médica de uma unidade de saúde. A autoria do morador não foi comprovada pelas autoridades e o próprio alega ser inocente.
Apesar disso, um grupo formado por pelo menos 100 pessoas, todas moradoras do loteamento, foram até a casa do suspeito para condená-lo pelo crime. A multidão sustentou que pelo menos mais cinco crianças também foram estupradas pelo homem. As provas usadas para a violência do ato são os depoimentos das vítimas para uma psicóloga que atende por meio de uma Organização Não Governamental (ONG).
No protesto, os moradores atearam fogo na casa dele. Os bombeiros controlaram as chamas, mas não conseguiram impedir a destruição do imóvel. A esposa do suspeito chegou a interagir com os manifestantes, defendendo o companheiro das acusações, mas não houve acordo. O filho dele chegou a disparar um tiro para intimidar o grupo. A Polícia Militar precisou intervir para encerrar o ato, fazendo uso de gás lacrimogênio.
Entre as gritarias por Justiça, houve uma troca de boletins de ocorrências. Por parte dos moradores, registros indicando a suspeita de estupro, onde crianças alegam terem sido beijadas na boca e acariciadas, e nenhuma providência tomada pelas autoridades, até mesmo por parte do Conselho Tutelar. Do lado de Poconé, um B.O. dizendo ser vítima de falsas acusações e difamação.
