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quarta-feira, 17 de setembro, 2025
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Número de investidores em criptomoedas avança 22 vezes no Brasil em quatro anos

Em um ritmo acelerado, o mercado de criptomoedas tem testemunhado um crescimento notável no Brasil. Dados recentes apontam que o número de brasileiros investindo em moedas digitais aumentou 22 vezes entre 2019 e 2023. Antes restrito a nichos entusiastas de tecnologia, o setor passou a atrair tanto investidores pessoas físicas quanto instituições financeiras tradicionais. O fenômeno está remodelando a paisagem econômica e alterando a relação da população com o dinheiro e com o investimento de risco.

Como o mercado se expandiu no Brasil

Diversos fatores contribuíram para impulsionar o mercado cripto no país. Um dos principais foi a busca por alternativas de investimento em um cenário de juros historicamente baixos. Entre 2020 e 2021, a taxa básica de juros brasileira, a Selic, chegou a patamares mínimos, incentivando investidores a procurar ativos que oferecessem maior rentabilidade, mesmo que com maior volatilidade.

Nesse contexto, temas relacionados a blockchain, contratos inteligentes e finanças descentralizadas ganharam espaço em fóruns, redes sociais e veículos especializados. Investidores passaram a ver nessas tecnologias não apenas uma inovação, mas também uma oportunidade de diversificação.

A ascensão de plataformas com perfis variados, desde exchanges robustas até corretoras voltadas para perfis iniciantes, facilitou ainda mais o acesso e democratizou o investimento. De olho nesse público crescente, muitos serviços também passaram a oferecer conteúdos educativos e recursos interativos para orientar as decisões. Para quem busca novas oportunidades nesse universo, conhecer algumas das criptomoedas promissoras do mercado pode ser um caminho eficiente para identificar ativos com maior potencial em áreas como entretenimento digital, metaverso e até aplicações relacionadas a cassinos e apostas esportivas, que têm ganhado notoriedade pelo uso de blockchain para garantir segurança, transparência e pagamentos instantâneos.

Perfil dos novos investidores

O crescimento do número de investidores não veio apenas em volume, mas também em diversidade. De acordo com levantamentos recentes, a participação de mulheres no mercado cripto dobrou desde 2020, e hoje elas representam cerca de 30% do total de usuários cadastrados em corretoras no Brasil. Também chama atenção o recorte etário: embora o grupo entre 25 e 35 anos ainda represente a maior fatia, cresceu significativamente o interesse entre pessoas com mais de 50 anos.

Outro dado relevante é o avanço do investimento em regiões fora do eixo Sul-Sudeste. Estados como Pernambuco, Ceará e Goiás têm figurado entre os que mais registraram abertura de novas contas em exchanges nos últimos meses. A descentralização do acesso tem sido impulsionada sobretudo por smartphones, que viabilizam operações mesmo em localidades sem ampla rede bancária tradicional.

Não apenas em volume de investidores, mas também em valores movimentados, o Brasil se consolidou como um dos principais mercados de criptomoedas da América Latina. Segundo estimativas, a soma de transações em criptoativos no país ultrapassou a marca de R$ 200 bilhões em 2023.

Regulação e institucionalização do setor

O avanço da regulamentação local também desempenhou papel fundamental na expansão segura do mercado. Em 2022, foi sancionada a primeira legislação federal específica para ativos digitais. A norma estabelece diretrizes para a atuação de corretoras, define requisitos mínimos de segurança e prevenção à lavagem de dinheiro e confere maior clareza sobre a tributação relacionada.

A formalização trouxe um efeito duplo: por um lado, aumentou a confiança de investidores; por outro, atraiu grandes instituições financeiras que viam o setor com cautela. Desde então, bancos tradicionais e fintechs passaram a oferecer fundos indexados a criptoativos, carteiras multimodais e até serviços de custódia de moedas digitais.

Na prática, a legislação impulsionou também o desenvolvimento de produtos descentralizados voltados para o mercado institucional. Gestoras têm criado fundos com foco em ativos como Ethereum, Cardano e Solana, e novas empresas do setor cripto passaram a se registrar junto a órgãos reguladores nacionais.

Especialistas apontam que a regulação não apenas protege os investidores de fraudes e oscilações artificiais, como também fomenta a inovação por meio de um ambiente mais estável e previsível. A tendência, segundo analistas, é que as próximas regras envolvam aspectos como stablecoins e tokens lastreados por ativos reais.

Interseção com outros mercados digitais

O crescimento do ecossistema de criptomoedas no Brasil não está isolado: ele caminha em paralelo ao avanço de mercados como o de jogos eletrônicos, apostas esportivas e entretenimento virtual. Essa interconexão tem ampliado o uso dos criptoativos para além da simples reserva de valor ou especulação.

No caso dos cassinos online e plataformas de apostas, muitas já adotam o uso de moedas digitais como forma de pagamento. Entre as vantagens estão a rapidez das transações, a redução das taxas operacionais e a capacidade de operar internacionalmente sem intermediários. Usuários reconhecem ainda a privacidade e a ausência de burocracia como pontos fortes.

Cada vez mais, tokens relacionados a esse universo têm se firmado como recursos estratégicos em jogos online, campeonatos esportivos digitais e sistemas de recompensas. Alguns projetos, inclusive, vinculam esses ativos a funções específicas dentro de plataformas de cassino, como acesso a promoções, bônus e funcionalidades exclusivas para quem detém determinado volume de tokens.

Em paralelo, cresce o interesse por práticas como o staking, que permite gerar rendimentos passivos com determinada criptomoeda, e a tokenização de ativos não-fungíveis que oferecem utilidade concreta no universo digital, um reflexo da popularização dos jogos em blockchain e experiências imersivas no metaverso.

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