Eduardo Riedel detalha a Rota Bioceânica para investidores japoneses e brasileiros

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Fotos: Ludyney Moura/Secom

A Rota Bioceânica foi tema de uma palestra proferida pelo governador Eduardo Riedel (PP) nessa segunda-feira (22) na Japan House São Paulo (JHSP). O evento foi organizado pelo Consulado-Geral do Japão em São Paulo e contou com a participação de empresários, investidores e autoridades brasileiras e japonesas.

Em sua fala, apresentou os pilares da gestão, como a segurança alimentar, transição energética, inclusão social e a sustentabilidade. Ressaltou que, entre 2010 e 2020, a indústria de transformação cresceu 68%, enquanto Mato Grosso do Sul mantém a menor taxa de desocupação do país (5,5%) e a terceira menor taxa de extrema pobreza (2%).

Riedel citou que MS é uma potência agroambiental, com 1,7 milhão de hectares de florestas plantadas e participação robusta na balança de exportações, que soma US$ 9,9 bilhões anuais: US$ 3,6 bilhões do complexo soja, US$ 2,7 bilhões do setor florestal e US$ 1,7 bilhão de carnes.

Ele lembrou o Pacto Pantanal, iniciativa que prevê R$ 1,4 bilhão em ações de preservação e desenvolvimento sustentável até 2030, abrangendo infraestrutura, educação, saúde, saneamento e meio ambiente, além do Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA Pantanal).

“Nosso objetivo é oferecer melhor qualidade de vida às comunidades locais, fomentar boas práticas de preservação do bioma e consolidar Mato Grosso do Sul como Estado Carbono Neutro até 2030”, afirmou o governador na palestra.

Eduardo Riedel detalha a Rota Bioceânica para investidores japoneses e brasileiros
Fotos: Ludyney Moura/Secom

Rota Bioceânica

Sobre a Rota Bioceânica, explicou que o corredor parte de São Paulo, no Atlântico, passando pelo porto de Santos, e segue em direção ao Pacífico, às cidades chilenas de Iquique e Antofagasta.

“Nos portos do norte do Chile, o acesso marítimo para o Japão e outros países do Sudeste Asiático é significativamente mais curto do que pelos portos do Atlântico brasileiro. Cada produto, cada cadeia produtiva, encontrará seu caminho ideal”, disse.

O governador falou que não se trata de uma rota voltada a commodities, mas para produtos conteinerizados, conferindo um diferencial competitivo às regiões Centro-Sul do Brasil.

“Como já mencionei, o transporte pela Rota Bioceânica reduz em 12 a 17 dias o tempo de viagem, o que impacta diretamente nos custos. O trajeto pelo norte do Chile oferece vantagens expressivas nesse sentido”, afirmou.

A Rota Bioceânica contará com mecanismos de segurança e controle, incluindo documento de transporte eletrônico, hubs logísticos, qualificação de condutores e normas específicas de segurança viária.