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sexta-feira, 26 de setembro, 2025
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Pedreiro nega estupro de crianças e acusa vizinhos de tentarem tomar o seu terreno

Preso na quinta-feira (25) pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), o pedreiro de 47 anos que teve a casa incendiada por moradores revoltados com a suspeita de estupro contra crianças negou o crime em depoimento e diz estar sendo vítima de falsa acusação por parte dos vizinhos da chamada ‘Favela do Quadrado’, no bairro Nossa Senhora das Graças.

Conforme a atualização do caso, o homem sustentou que jamais beijou ou passou a mão nas partes íntimas de crianças e apontou que as próprias vítimas mentiram sobre os fatos por não gostarem dele, já que nos últimos dias teria discutido com a esposa sobre a presença deles na sua casa em horário noturno, fazendo muito bagunça.

Ele detalhou que a esposa vende doces e bebidas na frente do imóvel, onde há um comércio, o que torna comum a ida das crianças ao local. Ainda segundo justificou, tem trabalhado o dia todo fora e, quando chega, depois das 18h, não gosta da presença das crianças e pede irem embora.

No depoimento, o pedreiro afirmou que uma das crianças denunciantes nunca foi em sua residência e que a mãe da outra vítima seria usuária de drogas. Ele também explicou que sua filha participa de um projeto e frequenta a escola, ficando praticamente o dia inteiro fora de casa e que as amigas dela só frequentam a residência quando ela está lá.

Questionado sobre a confusão que resultou no incêndio de sua casa, no dia 16 deste mês, ele apontou que a avó de uma das crianças foi acusá-lo de abuso sexual, mas ele foi até a delegacia e registrou boletim de ocorrência por calúnia. Ao retornar da delegacia, moradores estavam ateando fogo na casa.

O incêndio aconteceu no momento que quatro crianças e uma idosa estavam dentro. Coma destruição da casa, ele e a esposa se mudaram para a casa de sua mãe, no bairro Aero Rancho. Por fim, o pedreiro disse que o terreno de sua casa fica bem localizado e acredita que alguns vizinhos querem tomar a propriedade para usar como venda de drogas.

O caso

O caso foi descoberto após as mães das vítimas procurarem a delegacia, relatando mudanças no comportamento das filhas e levantando suspeita de abuso. As crianças, vizinhas do autor, receberam atendimento no setor psicossocial da DEPCA e foram ouvidas em Depoimento Especial, que confirmou os indícios.

A investigação detalhou ainda que descobriu que outras crianças da vizinhança também frequentavam a casa do homem e foram vítimas do mesmo crime. No dia 16 deste mês, moradores da região foram até a casa do pedreiro para fazer a Justiça com as próprias e atearam fogo no imóvel, que ficou completamente destruído. 

Na ocasião, os moradores mostraram para a polícia os registros indicando a suspeita de estupro, onde crianças alegam terem sido beijadas na boca e acariciadas, e nenhuma providência tomada pelas autoridades. Já o autor também mostrou um B.O. dizendo ser vítima de falsas acusações e difamação.

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