Após três dias de especulações, Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama e filiada ao PL, descartou neste sábado (27) a possibilidade de concorrer à Presidência da República em 2026. A declaração foi feita durante o encontro do PL Mulher em Ji-Paraná, Rondônia, em evento que reuniu lideranças do partido.
“Vamos trabalhar para reeleger o nosso presidente Jair Messias Bolsonaro. Eu não quero ser presidente, não. Eu quero ser primeira-dama”, afirmou Michelle, reforçando seu compromisso de apoiar o ex-presidente, atualmente inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Michelle também destacou que continuará representando Bolsonaro enquanto ele estiver preso. “Se ele quiser, eu serei a voz dele nos quatro cantos desta nação, e até fora se precisar”, acrescentou.
Nos últimos meses, o nome de Michelle ganhou relevância nos bastidores políticos devido à inelegibilidade de Bolsonaro. Pesquisas eleitorais chegaram a apontá-la em segundo lugar em cenários de disputa direta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Inicialmente, cogitava-se que a ex-primeira-dama poderia concorrer ao Senado pelo PL, especialmente considerando seu domicílio eleitoral no Distrito Federal. O próprio Bolsonaro mencionou essa possibilidade em julho deste ano. Além disso, especulava-se sobre uma eventual candidatura a vice-presidente em alguma chapa apoiada pelo marido.
A mudança de postura ocorre após declarações recentes à imprensa internacional. Na quarta-feira (24), Michelle admitiu ao jornal britânico The Telegraph que poderia concorrer às eleições, sem, contudo, detalhar quais seriam suas pretensões políticas.
Com a decisão anunciada neste sábado, a ex-primeira-dama deixa claro que permanecerá ao lado de Bolsonaro, consolidando seu papel de apoio político enquanto novas definições sobre a corrida eleitoral começam a ganhar forma.