A polícia continua investigando o duplo homicídio ocorrido na noite de ontem (30), em um lava a jato do bairro Danúbio Azul, em Campo Grande. As vítimas são o proprietário do estabelecimento, de 26 anos, que também trabalhava como agiota e a venda de veículos usados, e um homem de 35 anos que atua no comércio de joias.
Para as autoridades, apenas um dos dois era o alvo da execução, possivelmente o dono do lava a jato. Segundo a investigação, o rapaz já tinha alertado os funcionários do local e conhecidos de que poderia ser morto a qualquer momento em decorrência de cobranças dos empréstimos que fazia.
No momento da execução, o homem de 35 anos tinha ido até o local para falar com o de 26 anos sobre um veículo à venda no local. Durante a conversa, uma motocicleta se aproximo deles e o garupa disparou três vezes contra o homem de 35 anos. O dono do lava a jato correu, mas foi alcançado e morto.
O homem que queria comprar o carro estava acompanhado da esposa e do filho, de idade não confirmada. Eles permaneceram no veículo deles, enquanto a vítima negociava os valores com o dono do lava a jato. A execução aconteceu na frente deles. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas apenas atestou o óbito dos dois homens.
A perícia apreendeu oito estojos de munições deflagradas de calibre .40. A investigação procura por imagens de câmeras de videomonitoramento para tentar encontrar alguma pista sobre os autores.
Testemunhas indicaram como possível mandante do crime um ex-sócio do proprietário do lava a jato, com quem teria se desentendido recentemente. Esse ex-sócio, aliás, foi alvo de um atentado depois da briga e o acusou pelo crime. Antes de ser intimado, ele mesmo procurou a delegacia para apresentar a sua versão para os fatos.
Segundo o depoimento do ex-sócio, a parceria com a vítima acabou em agosto do ano passado por desentendimentos financeiros. Em novembro, houve a tentativa de homicídio no seu desfavor. Sobre o duplo homicídio, ele negou o envolvimento e relatou que ficou o dia todo fazendo uma tatuagem no braço.